Saúde

A conta-gotas, ritmo de vacinação cai 25% em abril

Em março, mais de 780 mil pessoas receberam a vacina, uma média de 25.305 por dia

A conta-gotas, ritmo de vacinação cai 25% em abril

Cascavel – Turbinada em março com o uso das segundas doses para a primeira aplicação, a campanha de vacinação contra a covid-19 anda travada neste mês de abril no Paraná. Até o fim de fevereiro, haviam sido vacinadas 298.809 pessoas, subiu para 1.083.289 no fim de março e, até o meio-dia de ontem, eram 1.349.698 os que já tinham recebido ao menos uma dose em todo o Estado.

Em março, mais de 780 mil pessoas receberam a vacina, uma média de 25.305 por dia. Nos primeiros 14 dias de abril, foram imunizadas 264 mil pessoas, média diária de 18.863, ou seja, 25% a menos que no mês passado.

Em abril, o objetivo era vacinar todos os idosos e dar início à imunização de professores, para acelerar a volta das aulas. Só que, apenas para completar a imunização de quem tem mais de 60 anos, serão necessárias mais de 750 mil doses (primeira aplicação), ou seja, o triplo do vacinado na primeira metade deste mês.

Nesta sexta, os municípios começam a receber vacinas referentes ao 13º lote. Contudo, das 368.050 doses que chegaram ao Paraná, 225.453 serão para a primeira dose, sendo a maior parte para idosos (veja mais nesta página).

Para abril, o Ministério da Saúde prometeu distribuir 30 milhões de vacinas, o que daria cerca de 1,5 milhão para o Paraná. Se essa previsão se confirmar, o Estado teria ainda mais 889.900 doses para receber, o que ajudaria a concluir os grupos prioritários em andamento (idosos e trabalhadores de segurança), e começar a chamar os professores.

O secretário de Saúde, Beto Preto, diz que o Paraná tem condições de vacinar 200 mil pessoas por dia, dez vezes mais que a média diária de abril.

 

Segundas doses

Sem vacina para a primeira dose, muitas prefeituras mantêm apenas a aplicação da segunda dose, mas também em ritmo lento. Até ontem, menos de 400 mil pessoas já tinham recebido a dose de reforço, o que representa menos de um terço de quem já recebeu a primeira dose. Vale lembrar que parte desse público precisa esperar três meses, intervalo solicitado quando a vacina é da AstraZeneca.

Clique aqui e veja os relatórios de vacinação. 

368 mil doses serão distribuídas nesta sexta

 

Um novo carregamento com 368.050 doses de vacinas contra a covid-19 chegou ao Paraná na noite de ontem. Esse é o 13º lote de imunizantes encaminhados pelo Ministério da Saúde. São 142.800 doses da CoronaVac/Butantan e 225.250 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.

Os imunizantes foram levados ao Cemepar (Centro de Medicamentos do Paraná), para que seja feita a divisão entre as 22 Regionais de Saúde do Estado e o armazenamento correto até o momento da distribuição. A previsão da Secretaria de Estado da Saúde é de que elas comecem a ser enviadas às regionais na tarde desta sexta (16). Somente a partir de então é que as prefeituras devem informar quando retomarão a vacinação da primeira dose.

Com esse novo lote, o Paraná ultrapassa as 2,8 milhões de doses recebidas do Ministério da Saúde desde o início do ano e pode dar prosseguimento à aplicação das doses nos grupos prioritários definidos no Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19. São 225.453 primeiras doses (61% do total) e 109.139 segundas doses, fora a reserva técnica.

As vacinas da AstraZeneca estão divididas em 201.994 para aplicar em idosos de 65 a 69 anos e 2.741 em idosos de 60 a 64 anos, ambas para a primeira dose. É parte de um lote de 3.879.000 de vacinas Covishield que será distribuído pelo Ministério da Saúde.

Já as doses do Butantan estão divididas em 8.103 para trabalhadores de saúde, 2.277 para forças de segurança pública e salvamento (incluindo as Forças Armadas) e 10.338 para idosos de 60 a 64 anos para a primeira dose; e 6.061 para trabalhadores de saúde e 103.078 para idosos de 65 a 69 anos para a segunda dose. É parte de um lote de 2.500.000 doses a ser distribuído para todo o País.

 

Saúde registra 266 óbitos pela covid-19; internamentos voltam a subir

 

Curitiba – A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quinta-feira (15) 3.858 casos confirmados e 266 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. Com esses registros, o Estado acumula 891.407 infectados desde o início da pandemia, dos quais 19.860 não sobreviveram.

Os casos confirmados ontem são de janeiro (15), fevereiro (106), março (469) e abril (3.155) de 2021 e o restante de 2020.

Após uma leve queda, o número de pacientes internados voltou a subir no Paraná. Ontem, havia 5.383 pessoas nos leitos exclusivos para tratar covid-19, o mais alto desde 5 de abril. Desses, 2.239 estavam em UTI, o terceiro maior registro desde o início da pandemia (o maior é de 2.281, em 9 de abril).

Com esse aumento, a taxa de ocupação voltou para 96%, com 76 UTIs vagas em todo o Estado. A Macroleste atingiu 97%, enquanto a Oeste e a Norte registraram 96%, com 12 e 11 leitos disponíveis, respectivamente.

 

Óbitos

A Sesa informou a morte de mais 266 pacientes, sendo 115 mulheres e 151 homens, com idades que variam de 24 a 95 anos.

Esses dados não incluíram a morte de um bebê de apenas um ano ocorrida em Cascavel. A menina tinha uma doença cardíaca crônica e estava em um hospital privado de Pato Branco. A morte aconteceu no último dia 9.

 

 


Taxa de transmissão no Paraná é a mais baixa entre os estados

 

A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Paraná é a mais baixa entre todos os estados brasileiros: 0,76. O número significa que, atualmente, 100 contaminados pelo Sars-Cov-2 contaminam, em média, 76 novas pessoas. O cenário está relacionado às medidas restritivas adotadas pelo governo do Estado e prefeituras para conter a doença.

Os dados são do sistema Loft, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa. Segundo o sistema Loft, a média de Rt no País está em 0,88.

O Rt indica quando o contágio pelo vírus está acelerado (maior que 1), estável (igual a 1) ou em remissão (menor que 1) – único cenário que aponta uma melhora na situação epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as chances de contágio.

Segundo o sistema, o Paraná apresenta Rt inferior a 1 desde 17 de março, quando atingiu a taxa de 0,94. Desde então, se mantém neste patamar, oscilando entre 0,95 e 0,74 (verificada em 7 de abril, a taxa mais baixa no Estado desde que o sistema começou a registrar o índice, em abril de 2020).

A média de Rt no Brasil está em 0,88. Além do Paraná, outros 15 estados também estão com Rt abaixo de 1.

Desde o início da pandemia, este é o quarto período de remissão do vírus no Paraná. Entre março e setembro de 2020, o Rt foi sempre superior a 1, apresentando pico de 1,88 em 8 de abril do ano passado. Entre 10 de setembro e 10 de novembro de 2020, o Rt mais baixo registrado foi de 0,90. Entre 11 de novembro de 24 de dezembro, o índice ficou superior a 1. Ela esteve inferior a 1 por um breve período do Natal a 7 de janeiro, e de 18 de janeiro a 19 de fevereiro. Em 11 de março, apresentou novo pico, atingindo 1,58. Em 17 de março, então, iniciou-se esse novo período de queda.