Tragédia da Chapecoense dia IV
O avião da LaMia, contratado pela Chapecoense, que se acidentou terça-feira, matando 71 pessoas, em Medellín, fez um trajeto diferente do que constava no plano de voo. A informação foi divulgada pelo coronel Freddy Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia, em entrevista ao jornal local ?El Tiempo?.
Inicialmente, de acordo com Bonilla, o avião decolaria da cidade boliviana de Cobija. Mas, acabou decolando de Santa Cruz de la Sierra, cidade mais distante de Rionegro, o destino.
– A aerolinha entregou à Aeronáutica Civil uma uma autorização de saída, avalizada pela autoridade boliviana, a partir da localidade de Cobija e com destino a Rionegro. Ficamos sabendo que na verdade ele vinha de Santa Cruz, que fica muito mais ao sul, quando o avião já estava no espaço aéreo colombiano – contou.
O coronel também voltou a frisar que o avião não tinha gasolina quando se acidentou. E acrescentou que a investigação vai determinar o motivo da queda.
– Podem ter muitas causas técnicas, como uma fuga [de combustível] durante o trajeto, ou um consumo anormal, ou que simplesmente não se tenha abastecido com o combustível suficiente para o voo.
ANAC VAI ACOMPANHAR INVESTIGAÇÕES
Nesta sexta, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai acompanhar as investigações do acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, que caiu na terça-feira, na Colômbia, matando 71 pessoas. Seis sobreviveram.
– Há hipóteses, mas vamos aguardar a análise final. Mas é muito importante (saber as causas), para evitar no futuro que tragédias como estas se repitam – declarou Serra, na manhã desta sexta-feira, durante campanha de combate à dengue, em uma escola estadual em São Paulo.