Brasília – A crise hídrica que afeta grande parte do Brasil deve causar alta de até 16,68% nas contas de luz no próximo ano, segundo estimativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Para tentar evitar reajuste ainda maior, a agência reguladora estuda medidas como a antecipação de recursos captados da privatização da Eletrobras, cujo valor pode chegar a R$ 8,5 bilhões. “Com essas medidas adicionais, em vez dos 16,68% previstos pra 2022, a gente ainda tem uma previsão de reajuste de 10,73%, mas estamos estudando alternativas”, disse o superintendente de Gestão Tarifária da Aneel, Davi Antunes Lima.
Segundo ele, a previsão inicial para 2021 era de reajuste anual de 18,75%, mas, após oito medidas técnicas adotadas pela agência, a expectativa é de que o repasse ao consumidor fique em torno de 9%. Lima afirma que existem outras razões para o reajuste da energia, como o dólar, que influencia o valor da energia da Usina de Itaipu, a variação do IGP-M, índice que regula contratos de 17 distribuidoras, além do próprio agravamento do cenário hidrológico, com escassez de chuvas, o que demanda o acionamento de mais termelétricas e aumentando os custos das distribuidoras.