Cotidiano

Vitória interna de Aécio não inviabiliza planos de Alckmin, segundo aliados

SÃO PAULO ?A prorrogação do mandato de Aécio Neves na direção do PSDB até maio de 2018 dificulta o caminho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para se tornar o candidato do PSDB à Presidência da República em 2018, mas não o inviabiliza. Essa foi a avaliação feita por aliados do tucano após tomarem conhecimento da decisão anunciada ontem na reunião da Executiva nacional do partido. Os alckmistas defendem que ainda é cedo para declarar derrotados e vencedores na disputa interna e ponderam que as investigações da Lava-Jato continuarão no próximo ano e que não se sabe a extensão dos estragos que ela poderá causar no PSDB. Os três candidatos à vaga de presidenciável tucano ? Aécio, José Serra e Alckmin ? já apareceram nas investigações em andamento.

O melhor para Alckmin seria a eleição de um novo presidente do partido no lugar de Aécio. O que ele mais desejava era que o senador estivesse longe do comando do partido no momento de escolha do presidenciável do PSDB em 2018. Percebendo que essa opção não se concretizaria, aliados do governador passaram a considerar nos últimos dias que uma prorrogação do mandato de Aécio somente até janeiro de 2018 já seria um bom meio termo para Alckmin, já que Aécio continuaria de fora do comando do partido no momento de definição do próximo presidenciável. Mas foram voto vencido.

O presidente estadual do PSDB São Paulo, Pedro Tobias, declarou ontem ser contra a prorrogação de mandato de Aécio.

? Nada contra ele. Eu adoro o Aécio. Mas sou contra a prorrogação. Quatro anos na presidência do partido já é tempo muito bom ? afirmou.

Alckmin tem se movimentado discretamente em busca de apoio de aliados dentro e fora do PSDB. Em seu gabinete, ele recebe semanalmente deputados de vários estados numa aproximação com vistas em 2018.