Cotidiano

'Um bando de racistas', diz J. K. Rowling sobre críticos a atriz negra

2013_629020612-20130714104008440ap.jpg_20130714.jpgRIO – Na semana em que “Harry Potter and the cursed child” começa a apresentar ensaios abertos ao público, a criadora do fenômeno veio a público denunciar o racismo de internautas que não aceitaram a escalação de uma atriz negra para viver a cdf Hermione. O espetáculo, que será dividido em duas partes e se passa 19 anos depois dos eventos do último livro da saga, “Harry Potter e as relíquias da morte”, estreia no fim de julho em Londres. CR – Harry Potter and the cursed child

Em uma entrevista ao jornal “The observer“, do grupo do britânico “The Guardian”, J. K. Rowling criticou fãs que não aceitaram bem a escolha de Noma Dumezweni para a personagem, que no cinema foi interpretada pela ruiva Emma Watson.

“Um bando de racistas me disseram que, como a Hermione ‘ficou branca’ ? ou seja, perdeu a cor do rosto depois de um choque ? ela teria que ser uma mulher branca, o que eu acho difícil de entender. Mas decidi não dar muita bola para isso e simplesmente afirmar que a Hermione pode ser negra com minhas bênçãos e entusiasmo”, disse a escritora.

Ela ainda mostrou que está acostumada à ferocidade das críticas online, e aproveitou para defender a escolha de Noma: “Com minha experiência em mídias sociais, achei que idiotas seriam idiotas. Mas o que você pode dizer? É assim que o mundo funciona. A Noma foi escolhida porque era a melhor atriz para o papel”.

A produção de “Harry Potter and the cursed child” vendeu 175.000 ingressos em 24 horas. No site “StubHub”, especializado em vendas de segunda mão, um ingresso para o ensaio aberto do dia 16 de julho, um sábado, chega a custar astronômicos £1.500 (cerca de R$ 7.700). O espetáculo já chegou a ser chamado de “evento teatral da década”.

No Brasil, a versão impressa da peça será lançada em outubro pela editora Rocco.