O acordo assinado pelo presidente do Brasil, Michel Temer, e do Chile, Sebastian Piñera, no dia 21 de novembro, deverá ampliar a exportação e importação de cargas pelo Porto de Paranaguá. Atualmente, o Chile é responsável por 3,28% das importações e 0,01% das exportações no porto paranaense.
O objetivo do novo acordo é desburocratizar o comércio entre empresas brasileiras e chilenas, com a retirada de 17 temas de natureza não tarifária, como burocracia excessiva e regulamentações diferentes, que atrasam o processo aduaneiro.
Em 2017, a entrada de produtos chilenos representou US$ 167,73 milhões em movimentação via Paranaguá. Em 2018, de janeiro a setembro, foram US$ 139,57 milhões. As mercadorias mais importadas neste ano foram produtos químicos orgânicos (284 mil toneladas), fertilizantes (74,3 mil) e sal (37,3 mil).
AUMENTO – Nas exportações, os valores movimentados nos primeiros nove meses de 2018 cresceram 729%. Foram US$ 13,111 milhões em transações e mais de 1,5 milhão de toneladas de produtos saídos de Paranaguá com destino ao mercado chileno. Destaque para veículos (1.571 unidades), máquinas e equipamentos (63 mil toneladas) e madeira (101 mil toneladas).
“A nossa perspectiva é que o novo tratado melhore o processo aduaneiro, diminua a morosidade e a burocracia. Quem ganha são os empresários e o setor produtivo, dos dois países”, destaca o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Lourenço Fregonese.
Com o acordo de livre-comércio com o Chile, o Brasil avança na integração com outros países, tendo o parceiro andino como acesso aos mercados que fazem parte da Parceria do Transpacífico (TPP), que envolve o Chile, México, Peru, Canadá e Japão. O país também participa da Aliança do Pacífico, junto com Peru, Colômbia e México, que é considerada uma ponte comercial importante entre a América Latina e os mercados asiáticos.