BRASÍLIA. O 13º Seminário LGBT do Congresso Nacional teve início na manhã desta terça-feira com uma apresentação do Hino Nacional executado pelas cantoras transexuais Raquel Virgínia e Assucena Assucena, ambas integrantes do grupo paulista As Bahias e a Cozinha Mineira.
O tema do congresso, que termina amanhã, é “O próximo pode ser você”. Um dos destaques do encontro é a exposição de quadros, pinturas e fotografias de artistas heterossexuais e LGBT. O tema das obras é a identidade da sexualidade e gênero, além da violência contra homossexuais. Até o universo sexual infantil é retratado num dos trabalhos.
“As obras reunidas nesta exposição têm em comum o fato dos artistas buscarem a visiblidade para questões que gravitam em torno de identidades de sexualidade e gêneros hegemônicas – transexuais, travestis, gays e lésbicas. Temas como a violência, que faz do Brasil o maior em casos de assassinatos de transexuais e travestis, ou inquietações que ocorrem para quem descobre ainda muito cedo que não se identifica com as denominações ao qual foi designado”, diz o texto de apresentação da exposição, intitulada “Incorporações”.
“Esses artistas fazem da arte uma estratégia de enfrentamento, denunciam sem abandonar o humor e a poesia”, também afirma o texto.
Nos desenhos das crianças, com óleo e uso de spray, os quadros retratam meninas com roupas de homens, como o herói Jaspion, e meninos com vestuário feminino, como um vestido. O seminário vai discutir projetos que restringem o conceito de família a presença do homem e mulher, a questão da homossexualidade nas escolas e os crimes de ódio.