BRASÍLIA – Acompanhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, enquanto o plenário do Senado decide se a presidente afastada Dilma Rousseff vai a julgamento no processo de impeachment, o presidente interino Michel Temer lançou nesta terça-feira no Palácio do Planalto um programa de revitalização do Rio São Francisco. Anunciado quase uma década depois do início das obras de transposição do rio, o projeto batizado de “Novo Chico”deverá custar mais de R$ 1 bilhão até 2019.
? O Nordeste clama por água. Vive sua maior crise hídrica ? disse Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional, que era ministro de Portos do governo afastado de Dilma Rousseff.
O Rio São Francisco se estende por 2.700 km, percorre 505 municípios e abarca três biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. 16,5 milhões de pessoas vivem sob a área de influência do rio que é conhecido como Velho Chico. A transposição ainda não foi concluída. As obras, que começaram a ser feitas em 2007 e tinham a previsão de ficarem prontas em 2012, foram amplamente criticadas por ambientalistas. Isso porque eles temiam que o desvio de parte das águas de um rio que sofre com a degradação de suas nascentes e margens poderia destruí-lo.
Além do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro Helder Barbalho, acompanharam o presidente na cerimônia os ministros Sarney Filho (Meio Ambiente), Bruno Araújo (Cidades) e o senador Otto Alencar (PSD-BA). Apesar da ausência de Calheiros no plenário do Senado enquanto a Casa decide se torna Dilma ré no processo de impeachment, os trabalhos seguem normalmente no plenário, já que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, preside a sessão.