SÃO PAULO. Depois de três semanas de greve dos bancários, os bancos concordaram em voltar a negociar com a categoria. Nesta terça-feira, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) reúnem-se para tentar por fim à paralisação, iniciada no dia 6 e que já afeta mais da metade de todas as agências bancários do país, além dos centros administrativos das instituições.
Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região indica que 913 locais de trabalho ? sendo 10 centros administrativos e 903 agências ? não funcionaram nesta segunda-feira, vigésimo primeiro dia de greve em sua área de atuação. A estimativa do sindicato é de que cerca de 32 mil trabalhadores tenham aderido à paralisação.
? Na sexta-feira, dia 23, enviamos carta à Fenaban reiterando nossa disposição para negociar. Esperamos que os bancos voltem à mesa de negociação com uma proposta condizente com seus lucros ? diz Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
A data-base dos bancários é 1º de setembro e a categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%. Os bancos oferecem reajuste de 7% e abono de R$3.300, proposta que foi rejeitada pelos bancários.
Nos últimos doze anos, de acordo com informações do Sindicato, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.