A sindicância aberta pela atual administração de Cascavel para apurar os contratos firmados pela gestão anterior com a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) para a realização de cursos de capacitação aos profissionais da área de educação já encerrou uma das etapas. O processo foi encaminhado pelo Departamento de Recursos Humanos à Procuradoria Jurídica.
A etapa concluída foi a dos depoimentos de testemunhas, entre elas do ex-secretário de Educação Valdecir Nath; da ex-diretora pedagógica
Érica da Silva; da ex-diretora financeira Márcia Palandrini Maioli, e do motorista Jaime Gusatto, também da Secretaria de Educação.
Equipe de reportagem do jornal O Paraná apurou que o único contrato encontrado na Prefeitura de Cascavel foi assinado pelo ex-presidente da Amop e hoje deputado estadual José Carlos Schiavinato, mas está rasurado. Procurado, Schiavinato confirmou que realmente chegou a assinar o contrato, mas depois o anulou. “Foi invalidado porque eu não era mais o prefeito de Toledo”, justificou.
Segundo ele, o trâmite legal deveria ter sido submetê-lo ao novo presidente da entidade, que só seria eleito e empossado meses mais tarde. “Eu ainda respondia pela Amop na ocasião, mas julgava não ter competência para assumir compromissos, mas não vejo nenhuma ilegalidade. Situações assim são comuns dentro dessas entidades”, esclareceu.
FORA DE TEMPO
A sindicância trabalha no momento com duas linhas de investigação e já apurou ao menos uma irregularidade: o curso começou antes da requisição feita pelo município à Amop. Também está em investigação se foram os próprios servidores do município que prestavam o serviço à Amop e, em caso de confirmação, quem foram eles e quanto receberam.