Cotidiano

Restrições prejudicam movimento na hotelaria e gastronomia de Foz

Ocupação projetada em 42% (Natal) e 54% (réveillon) está ameaçada por causa das medidas impostas pelos governos

04/2019 - Foz do Iguaçu - Cataratas Foto: José Fernando Ogura/ANPr
04/2019 - Foz do Iguaçu - Cataratas Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Foz do Iguaçu – As redes hoteleira e gastronômica de Foz do Iguaçu têm dobrado os esforços para salvar o fim de ano com o movimento no Natal e no réveillon. As projeções iniciais indicam ocupação razoável para os dois feriados, mas o cenário está mudando devido às restrições impostas pelo governo do Paraná e pela prefeitura.

Pesquisa feita pelo Sindhotéis aponta ocupação de 42,2% no Natal e de 54,3% na virada do ano – índices bem abaixo da previsão para o mesmo período do ano passado, de 66% e 86,3% respectivamente. Contudo, soa como um alívio diante do baixíssimo fluxo desde março.

Para o presidente do Sindhotéis, Neuso Rafagnin, todos os esforços e os investimentos das empresas para tornar os meios de hospedagem e gastronômicos ambientes seguros podem cair por terra em consequência das medidas restritivas impostas pelo poder público.

“A nova onda de prejuízos veio com tudo. Estamos registrando cancelamentos de reservas para o Natal e o réveillon. Caso as atuais restrições sejam prorrogadas até o fim do ano, mais empresas fecharão as portas em definitivo e teremos mais desemprego na cidade”, alerta o presidente do Sindhotéis.

 

Incertezas

“Lamentavelmente, enfrentamos muitas incertezas. Os prejuízos já são astronômicos e o governo anuncia toque de recolher e proibição de eventos. Somado a isso, temos os decretos municipais que também são restritivos. Tiveram nove meses para buscar alternativas e até agora nada. Precisamos comprar os alimentos para o fim de ano, porém estamos cercados de dúvidas”, critica o dirigente.

Rafagnin condena a medida tomada pelo governo do Estado, no último dia 3, quando emitiu o Decreto 6.294/2020, que estabeleceu, entre outras regras, a proibição de confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações com grupos de mais de dez pessoas. O documento é válido por 15 dias, prorrogáveis ou não.

Segundo ele, a entidade tem buscado diálogo com os governos estadual e municipal para encontrar uma solução a fim de garantir o pleno funcionamento da hotelaria e gastronomia em dezembro. “A nossa parte estamos fazendo com respeito aos protocolos sanitários. A situação é desesperadora. Só queremos trabalhar”.