BRASÍLIA – O número de reclamações apresentadas para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) continuou em disparada no ano passado, chegando a 164 mil queixas, praticamente o dobro em relação a 2013, quando foram registradas 87 mil reclamações. O aumento das reclamações combina com a adoção do chamado “realismo tarifário” pelo governo, no início de 2013, que fez as tarifas subirem bastante, inclusive pela cobrança da bandeira tarifária.
Apenas no ano passado, o crescimento das reclamações foi de 35,37%, segundo o relatório Ouvidoria Setorial em Números (OSN), divulgado nesta quarta-feira pela Aneel. Em 2014, o crescimento havia sido de 38% em relação ao ano anterior.
As reclamações só são feitas à ouvidoria da Aneel depois de registrada nas distribuidoras inicialmente. Por esse motivo, entre outros, a agência informa que, do total de 164 mil queixas, 81 mil foram encaminhadas para as empresas e apenas 82 mil foram tratadas na ouvidoria. E metade destas têm relação com interrupções no fornecimento de energia.
Também aumentou o número de pedidos de informação à agência, em 40% em relação ao ano anterior. No ano passado, quase 1 milhão de consumidores registraram pedidos de informação na Aneel.
Em termos nominais, as cidades que mais apresentaram reclamações foram São Paulo, Rio e São Gonçalo, pela ordem.