Cotidiano

Quinze países da OEA pedem avanço em revogatório na Venezuela

2016 930033470-201608111503070384_RTS.jpg_20160811.jpgWASHINGTON ? Um conjunto de 15 países da Organização de Estados Americanos (OEA) pediu às autoridades venezuelanas nesta quinta-feira que continuem ?sem demora? o processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. Em um apelo para garantir o exercício dos direitos constitucionais, o grupo de países pediu às autoridades venezuelanas que deem os passos restantes para realizar o referendo ?de forma clara, concreta e sem demora?, segundo o comunicado conjunto publicado no inglês pelo Departamento de Estado.

Argentina, Belize, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Estados Unidos e Uruguai assinaram a nota, expressando sua expectativa de que a consulta ?contribuirá para uma rápida e efetiva resolução das atuais dificuldades políticas, econômicas e sociais? na Venezuela.

Na terça-feira, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, anunciou que a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta será no final de outubro, o que impede que a população seja consultada ainda este ano, como pede a oposição.

Caso o referendo seja realizado antes de 10 de janeiro de 2017 e Maduro perca, haverá eleições. Mas se for celebrado depois e o governante for rejeitado, ele será substituído por seu vice-presidente.

?Estamos cientes do anúncio do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano?, disse a nota.

O grupo de países também reiterou seu pedido de diálogo entre o governo de Maduro e a oposição, após as iniciativas frustradas nos últimos meses.

?Pedimos ao governo da Venezuela e à oposição que mantenham o mais rápido possível um diálogo franco e efetivo, de maneira direta ou com o apoio de facilitadores?, disseram na nota.

Na sexta-feira, o deputado opositor Luis Florido, presidente da Comissão de Política Externa do Parlamento (de maioria opositora), se reunirá com o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.