MANAUS ? O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestrou, Ivo Martins, informou nesta quarta-feira que já tem o nome de sete presos que lideraram o massacre de 56 detentos no domingo, no Completo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Segundo o delegado, as investigações devem ser concluídas em até 30 dias.
Ontem, o secretario de segurança da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), Sergio Fontes, disse que até o fim da semana os possíveis nomes que lideraram tanto o massacre, quanto a fuga, deveriam ser revelados e frisou que prefere aguardar o términos das investigações da Polícia Civil encerrem.
? Só é possível saber quem são os líderes das facções quando as investigações terminarem, mas já sabemos de alguns que lideraram a rebelião, pois negociamos com eles no domingo e madrugada de segunda. Até o fim da semana, teremos esses nomes e poderemos iniciar então as transferência dos mesmos ? destacou o secretário.
Os líderes da matança serão transferidos para presídios federais de segurança máxima.
A Polícia Civil informou ainda que já foram identificados 36 corpos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim e outros três corpos de mortos na Unidade Prisional do Puraquequara. Desse número, 30 morreram degolados. Seis corpos já foram encaminhados para o velório e enterro.
Uma força-tarefa foi montada no Instituto Médico Legal (IML) para a identificação dos corpos por meio de impressão digital, arcada dentária e DNA. Como o prédio do IML tem apenas 20 gavetas para o serviço, um caminhão frigorífico usado para transportar comida foi improvisado como depósito de corpos.
O primeiro passo do trabalho foi tentar coletar impressões digitais, mas pouco menos da metade (25) das vítimas teve alguma parte identificada dessa forma. A maioria dos corpos foram esquartejados ou decapitados. O desafio é cruzar informações das vítimas com as levadas por familiares sobre seus parentes. Os casos mais difíceis de identificação só serão solucionados com exame de DNA.