Cotidiano

Petrobras reforça gestão interna para evitar indicações políticas

2016 920263772-INFOCHPDPICT000058459868_20160630.jpgRIO – O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quarta-feira sua política de gestão interna com regras para a nomeação de executivos para os cargos de diretoria e para os conselhos de Administração e Fiscal da companhia, já se adequando à Lei das Estatais, de junho deste ano. A partir de agora, qualquer pessoa que for indicada para um cargo de diretoria ou no Conselho terá de contar com ao menos cinco anos de experiência em gestão em uma grande empresa. Caso o indicado seja funcionário da Petrobras, terá de ter ao menor cinco anos de experiência como gerente executivo. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira pelo gerente de Riscos Empresariais da Petrobras, Carlos Alberto Rechelo.

O executivo destacou que a Lei das Estatais, que exige que indicados para a diretoria executiva tenham experiência mínima de dez anos em liderança, veio ajudar a implementação da política interna da Petrobras, que já vinha sendo adotada pela atual gestão da petroleira desde o ano passado.

? Estamos escrevendo as regras em pedra, para que essa política seja feita posteriormente pela Petrobras, independente de mudanças em sua gestão ? afirmou ele.

A política da Petrobras é mais restritiva do que a Lei das Estatais, porque exige cinco anos anos de experiência em gestão em empresa de porte semelhante ao da petrolífera.

Segundo a política da Petrobras, qualquer indicação para os cargos de diretor e para assento no Conselho terão que ser analisados pelo Comitê de Remuneração e Sucessão da empresa, que teve suas atribuições alteradas para assumir essa nova função. Todos os indicados terão que passar também pelo teste de integridade, que verifica antecedentes, como o que foi feito com o atual presidente da companhia, Pedro Parente.

Perguntado se Paulo Roberto Costa e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras que figuram entre os principais participantes do esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava-Jato, teriam sido aprovados nesses processos de avaliação, ele não comentou. Costa e Duque eram funcionários de carreira da estatal.

? Não fizemos a análise para ver se eles passariam, porque teriam que ter passado pelo teste de integridade, que não foi feito. Não foi feita essa análise para trás. Mas acreditamos que temos novos elementos para avaliarmos novas questões ? disse.