Curitiba – Os paranaenses se destacaram na contratação de seguro rural até setembro, devido ao Estado apresentar grande área de plantio de culturas de inverno, como milho de segunda safra e trigo, culturas que requerem instrumentos de mitigação dos riscos de produção como o seguro rural.
O Paraná é historicamente líder na contratação de seguro rural e se destaca também no Proagro, devido à estrutura fundiária de pequenos e médios produtores, que respondem por mais de 90% das propriedades no Estado.
Além disso, o Paraná é líder na contratação de crédito rural nas linhas oficiais do governo federal. Esse financiamento nos agentes financeiros de culturas de inverno requer esses instrumentos como garantia dos contratos de crédito, ressaltando que as operações com até R$ 300 mil de custeio têm que obrigatoriamente contar com Proagro ou Seguro Rural, e, nas operações de Pronaf, é obrigatória a contratação de Proagro Mais, o seguro da agricultura familiar.
Faep pede revisão de valores
A Faep encaminhou documento aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e para a Frente Parlamentar da Agropecuária solicitando apoio para reverter a decisão do governo federal de reduzir os recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.
No dia 31 de outubro, o Ministério do Planejamento apresentou proposta de orçamento da União destinando R$ 410 milhões, valor abaixo dos R$ 550 milhões anunciados no lançamento do PAP (Plano Agrícola e Pecuário) 2017/18, em 7 de junho de 2017, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O valor restante questionado pela Faep, R$ 140 milhões, é considerado fundamental para o setor. As possibilidades de catástrofes climáticas e as características inerentes da atividade encarecem a contratação do seguro rural. Ou seja, muitas vezes, o produtor não consegue contratar o serviço sozinho e depende da atuação do governo.
“Entre 2006 e 2015, as companhias seguradoras pagaram mais de R$ 3,7 bilhões em indenizações aos produtores rurais de todas as regiões, demonstrando mais uma vez que é melhor investir na prevenção com o seguro rural do que nas consequências do endividamento, que tem um custo maior ao Tesouro Nacional e para toda a sociedade”, alerta Ágide Meneguette, presidente da Faep.