CABUL ? Onze pessoas da mesma família morreram e outros três ficaram feridos depois que atiradores atacaram uma casa no leste da província Laghman, no Afeganistão. Homens armados e com granadas invadiram a residência na noite de domingo, enquanto a família jantava. Segundo as autoridades afegãs, não se sabe ainda quem está por trás do atentado. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação. De acordo com as autoridades, todos os membros da família eram civis.
Segundo levantamento da ONU, mais de 11 mil civis morreram no ano passado, vítimas de combates ou ataques suicidas no Afeganistão. Com aumento de 24% em um ano, o número de crianças afegãs mortas ou feridas chegou a 3.500, totalizando quase 1/3 das vítimas do país. A diretora de Direitos Humanos, Danielle Bell, informou que os civis afegãos são ?vítimas em combates terrestres, ataques suicidas e explosivos abandonados?.
A metade deste aumento de vítimas infantis ocorreu devido aos combates entre forças governamentais e os insurgentes talibãs. A outra metade dos mortos se deu pela explosão de munições abandonadas pelos insurgentes, disse Bell.
Desde que a missão da ONU no Afeganistão começou a realizar um balanço anual de vítimas, em 2009, contabilizou um total de 24.841 mortos e 45.347 feridos. A Missão de Assistência das Nações Unidas atribui 61% destas vítimas às forças antigovernamentais, principalmente os talibãs, mas também ao Estado Islâmico (EI). O número de vítimas do EI multiplicou por dez em um ano, indicou Bell.
No início do mês, um homem-bomba atacou a Suprema Corte do Afeganistão, deixando ao menos 12 mortos e 48 feridos. O grupo terrorista EI reivindicou o atentado. O ataque aconteceu no fim do dia, quando funcionários do tribunal deixavam o trabalho.