Cascavel – A história do Jornal O Paraná, nestes 42 anos de trajetória, retrata o próprio desenvolvimento regional, econômico e social. Sempre em defesa da evolução, faz parte da história do periódico bandeiras já alcançadas, muitas ainda por vencer e outras por ora adormecidas.
Entre as defesas e as lutas alcançadas, estão a implantação da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) em 1987, a duplicação de uma das rodovias até então tidas como uma das mais perigosas da região, a BR-467 em 35,6 quilômetros entre os municípios de Cascavel e Toledo, com obra concluída em 2007; o polo universitário regional que se expandiu e que hoje conta com a presença de mais de 30 instituições de ensino superior em parte dos municípios da região.
Nas linhas diárias de um dos jornais mais conceituados do Estado é possível localizar ainda como bandeira regional e estadual a luta indiscriminada pelo combate à corrupção, a liberdade de imprensa passando pelos duros anos de chumbo da ditadura militar, a redemocratização do País nos anos de 1980, o acompanhamento dos pleitos eleitorais com ampla cobertura regional e estadual.
Luta constante
Na lista das bandeiras históricas o Jornal O Paraná mantém a cobrança da duplicação da BR-277 entre Foz do Iguaçu e o Porto de Paranaguá, especialmente para facilitar o escoamento da safra agrícola. Nesse período, registrou a duplicação de Foz a Matelândia, mais recentemente os 3,2 quilômetros dessa mesma rodovia entre o Trevo Cataratas até o posto da PRF em Cascavel que será entregue em outubro, e a promessa de duplicação de mais seis quilômetros entre o posto da PRF até o trevo de acesso à Ferroeste, obra que o Estado deverá bancar.
Constam ainda na lista de pautas amplamente defendidas pelo jornal a implantação do Hospital Universitário em Cascavel e a área em construção da Ala de Queimados, que já deveria estar operando há três anos, mas que segue em edificação. Uma conquista recente, e ainda em fase de construção, é o Centro de Imagens, que vai desafogar a realização de exames de endoscopia e colonoscopia.
Sempre foi bandeira nas páginas de O Paraná a luta pelo Aeroporto Regional, a criação das regiões metropolitanas. O primeiro voltou à tona este mês (veja nas páginas 12 e 14) e o segundo foi praticamente arquivado pelos governos municipais de Cascavel e de Toledo.
Questão agrária
O Jornal O Paraná acompanhou e divulgou o nascimento dos movimentos sociais que deram início à discussão da reforma agrária, tema que nenhum governo federal conseguiu avançar. A partir da Constituição de 1988, reforça sua defesa ao direito à terra, posicionando-se contrário à demarcação irrestrita e sem critérios de terras a indígenas, às invasões de áreas produtivas e aos enfrentamentos no campo.
No tocante às reformas, O Paraná sempre defendeu as questões macros relevantes como a importância da Reforma Tributária e a redução drástica da elevada carga de tributos, a Reforma Previdenciária, primando pela solução aos regimes próprios das prefeituras, e ano passado estampou em suas páginas a reforma trabalhista.
Não se pode esquecer nesta imensa lista de prioridades o contínuo respeito à notícia de qualidade, o enfrentamento ao crescimento do crime organizado a partir da fronteira com o Paraguai e do avanço das facções criminosas, a rota do crime organizado brasileiro que passa principalmente pelo oeste paranaense com o tráfico de drogas, de armas e de munições, o contrabando de cigarros e de eletrônicos vindos do país vizinho e que transitam pelas rodovias da região até chegar ao destino final: os grandes centros comerciais.
As questões carcerárias, com o sucateamento dos presídios e o avanço do crime organizado no domínio destes locais também são destaques constantes, com matérias investigativas e de repercussão nacional.
Setor produtivo
Nesses 42 anos, o Jornal O Paraná sempre esteve ao lado do setor produtivo e registrou o contínuo crescimento do agronegócio regional, que conferiu à região importante papel na balança comercial e na melhora do PIB (Produto Interno Bruto).
No setor logístico, há de se mencionar ainda a conquista da Ferrovia da Produção, hoje chamada de Ferroeste, e da proposta trabalhada atualmente para a ampliação do ramal até Maracaju (MS) eliminando o gargalo entre Guarapuava e Paranaguá, otimizando o setor logístico de transporte de cargas.
A infraestrutura sempre esteve presente no Jornal O Paraná, que estampou em suas páginas a edificação da maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, a Itaipu Binacional, que começou a operar em 1984, até o fomento mais recente com as políticas de incentivo às chamadas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), a exemplo do pedido do setor produtivo de incentivo tributário às energias renováveis e limpas, estas ainda num processo estacionado na região.
Em 42 anos de história, o desenvolvimento do oeste do Paraná, um dos maiores polos produtivos do Brasil, passou necessariamente pelas páginas do Jornal O Paraná.