São Paulo – O volume de consumidores com contas em atraso e registrados em cadastros de inadimplentes acelerou pelo sexto mês seguido e cresceu 3,13% no último mês de março na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação mensal, isso é, entre março e fevereiro deste ano, o crescimento foi mais modesto, com alta de 0,85%. Em termos absolutos, aproximadamente 62,1 milhões de brasileiros encerraram o primeiro trimestre de 2018 com restrições no CPF para fazer compras a prazo ou obter empréstimos e financiamentos, por exemplo. Os dados foram apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o crescimento da inadimplência reflete o quadro de dificuldades econômicas que as famílias ainda enfrentam, apesar do fim da recessão, como aumento do desemprego e queda da renda.
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O indicador revela que é na faixa etária entre 30 e 39 anos que se observa a maior incidência de brasileiros negativados: mais da metade da população compreendida nessa faixa etária (51%) possui contas em atraso, totalizando aproximadamente 17,6 milhões de inadimplentes em número absoluto.
Também merece destaque o fato de que quase metade da população com idade entre 40 e 49 anos (49%) está negativada, totalizando 13,8 milhões de consumidores com contas em atraso. Entre os mais jovens, com idade entre 25 e 29 anos, o percentual também é elevado: 46% deste grupo está inadimplente, somando mais de 7,9 milhões de devedores.
