RIO – O segundo ano de recessão da economia brasileira ampliou o número de famílias endividadas. Ao todo, 9,236 milhões de famílias estavam endividadas em 2016, um salto de 3,5% frente a 2015. Apesar do crescimento no número absoluto das famílias, a parcela de famílias endividadas frente ao total caiu de famílias caiu de 61,1% para 58,7%. Essa redução se deve por causa do aumento da população brasileira, segundo a projeção do IBGE.
?A queda do nível de endividamento e o aumento da inadimplência foram reflexos da retração da economia doméstica em 2016. A desaceleração do consumo proveniente da piora do mercado de trabalho e das altas taxas de juros ocasionou maior dificuldade às famílias para honrar os seus compromissos no período?, explica o economista da CNC Bruno Fernandes.
AUMENTO DE CONTAS EM ATRASO
No caso das famílias com contas em atraso, o aumento foi de 18,4%, para 3,642 milhões. Quase um quarto (23,6%) das famílias brasileiras estavam nessa condição. Já o número de famílias que se consideram sem condições de arcar com suas dívidas em atraso chegou a 1,389 milhão, uma alta de 25,2%. Esse grupo respondeu por 8,7% das famílias em dezembro, a maior taxa para o mês da série histórica da pesquisa.