BRASÍLIA – Na primeira reunião de julgamento da Comissão de Anista desde que Michel Temer assumiu a presidência, os conselheiros de uma das turmas aprovaram, na última quarta-feira, a condição de anistiada política da socióloga Eleonora Menicucci, que foi ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres no governo de Dilma Rousseff. Eleonora, que foi perseguida, torturada e presa com Dilma no presídio Tiradentes, em São Paulo, terá direito a uma prestação única de R$ 100 mil.
O caso dela foi julgado durante a Caravana da Anistia, que se realizou em São Paulo nesta semana.
A composição da comissão foi alterada após o impeachment de Dilma. Alguns antigos integrantes foram exonerados do cargo, que não é remunerado, e outros tomaram iniciativa de sair. Há alguns conselheiros ainda remanescentes do governo Lula. Durante a discussão do caso de Menicucci, alguns novos integrantes propuseram que, dos R$ 100 mil, fossem descontados R$ 20 mil que a ex-ministra já recebeu como reparação de uma comissão estadual de São Paulo. Mas foram vencidos e o valor integral foi mantido.
Eleonora é uma das mais ardorosas da ex-presidente e organizou atos em defesa de seu mandato e pela sua permanência no cargo.