PAULO. O juiz Sérgio Moro negou prazo de 55 dias para apresentar as argumentações preliminares de defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Ele é acusado de lavagem de dinheiro na investigação sobre o pagamento da armazenagem do acerco do ex-presidente Lula, feito pela OAS. Moro contestou a afirmação da defesa que que Okamotto ainda não foi citado . A partir da citação, a defesa tem 10 dias para apresentar à Justiça sua primeira manifestação no processo.
“Observo que de fato a oficial de justiça não o localizou em sua residência (..) Não obstante isso, restou efetivada, em 26/09, a sua citação por hora certa, nos termos do artigo 362 do CPP c/c artigo 252 e seguintes do novo CPC, por suspeita de ocultação, uma vez que a oficial de justiça dirigiu-se por três vezes ao endereço residencial do acusado e não foi atendida, mesmo após falar com a nora de Paulo Okamotto e deixar informação por escrito”, escreveu Moro.
O juiz afirmou que ainda que a oficial de Justiça informou que Paulo Okamotto ligou para o seu celular, na data de 25/09, às 19h25min, por intermédio do telefone 96488-3623, para informar que recebeu a contrafé, admitindo que foi citado.
Moro informou que todas as defesas têm cinco dias, contados a partir de 5 de outubro, para apresentar as argumentações iniciais. Ele lembrou que também a defesa do ex-presidente Lula pediu prazo de 55 dias e que foi negado.