WASHINGTON ? No dia em que os americanos escolhem o seu novo presidente, as longas filas em centros de votação pelo país sugerem que o índice de comparecimento às urnas será alto nestas eleições. Os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump tiveram que trabalhar muito para incentivar os eleitores a saírem às urnas nos últimos dias. Depois de uma longa e amarga campanha, em que não faltaram acusações, ataques pessoais e vazamentos, muitos eleitores diziam que não se sentiam motivados o bastante para sair de casa e exercer seu direito de votar, mas, aparentemente, o pedido dos presidenciáveis surtiu efeito. eleicoeseua
As primeiras urnas abriram às 06h (horário local) em Nova York, Connecticut, Maine, Nova Jersey, Virginia, parte de Indiana e parte do Kentucky. Em Vermont, as urnas abriram às 05h. E, às 06h30 locais, os eleitores de Virginia Ocidental, Ohio e Carolina do Norte já podiam depositar seus votos.Em estados como Flórida, Delaware, Georgia, Massachusetts, Maryland, Michigan, New Hampshire, Pensilvânia, Rhode Island, Carolina do Sul, e parte do Tennessee, a votação começava às 07h locais.
Para incentivar os eleitores, os candidatos também votaram logo pela manhã em Nova York. O vice de Hillary, Tim Kaine, foi um dos primeiros a comparecer ao centro de votação na Virigina, poucos minutos após a abertura das urnas.
Imagens mostram que há longas filas em vários centros de votação, incluindo na Carolina do Norte. Este é um dos estados que deverão decidir o resultado da eleição e, por isso, foi um dos principais focos das campanhas de Hillary e Trump na reta final.
Na votação antecipada, em que alguns estados puderam votar antes do dia da eleição, cerca de 46 milhões de eleitores depositaram seus votos. O número bate recorde no país e teve uma contribuição excepcionalmente significativa dos latinos e negros, que participaram em peso da votação, apesar do seu histórico de baixo comparecimento às urnas. O voto não é obrigatório nos EUA. Americanos vão às urnas
TENSÃO NAS FILAS
Durante as horas de espera, democratas relataram ter sido alvo de intimidação pelos simpatizantes de Trump, que concorre pela chapa republicana. Além disso, houve registros de confrontos entre os eleitores em alguns locais de votação.
Em estados como a Pensilvânia e Arizona, as autoridades chegaram a emitir avisos para desincentivar qualquer tipo de comportamento agressivo no dia de votação. Eles explicaram quais tipos de atitude são proibidas e quais são os limites das zonas eleitorais nos estados.
“Indivíduos que conspiram para interferir no direito de uma pessoa ao voto podem enfrentar até 10 anos de prisão”, diz o comunicado emitido pelo estado da Pensilvânia, segundo o “Washington Post”.
Preocupados com os potenciais episódios de confusão, autoridades tentam monitorar as intercorrências dos locais de votação em tempo real. Segundo fontes da área, o número de registros já vem sendo bastante expressivo.
? O número e o teor das ligações que recebemos sobre problemas e a quantidade de litígios que você já vê refletem o momento em que estamos ? disse, ao jornal americano, Kristen Clarke, a presidente da organização Lawyers? Committee for Civil Rights Under Law, destacando frequência de episódios de intimidação nos estados de Nova York, Georgia e Carolina do Norte.
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que enviaria mais de 500 funcionários a 28 estados para monitorar os locais de votação. O número é significativamente menor do que em 2012, com cerca de 280 enviados a menos, por conta de uma decisão da Suprema Corte que determina que a redução do papel do governo federal nesta questão.
A União Americana pelas Liberdades Civis, uma ONG de Nova York que defende direitos e liberdades individuais nos EUA, decidiu enviar suas equipes para cinco estados que considerou estratégicos: Filadélfia, Cleveland, Milwaukee, Miami e mais um local, que provavelmente seria a Carolina do Norte.
Em pelo menos cinco estados (Ohio, Pensilvânia, Arizona, Wisconsin e Flórida), no entanto,autoridades entrevistadas pela agência Reuters disseram que não haveria reforço das equipes de segurança nas ruas em comparação a 2012. Centros de votação abrem em vários estados nos EUA