Dados divulgados ontem pelo setor de Controle de Endemias, da Secretaria de Saúde de Cascavel, apontam que o LIRAa (Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti) chegou a 2%. O número é resultado de vistoria em 4.352 imóveis e representa queda de 65,5% em relação ao índice anterior, de 5,8%.
Conforme a Secretaria de Saúde, o índice registrado apresenta risco médio de infestação, diferentemente do levantamento anterior, quando o resultado apontou alto risco. Segundo o Ministério da Saúde, é considerado risco baixo quando se atinge índice de até 1%.
Os bairros que possuem os maiores índices de infestação do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika são Santos Dumont, Esmeralda, 14 de Novembro e Quebec, de 3%. Já os bairros Neva, Parque São Paulo, Itamaraty e Maria Luiza detêm os menores índices, de 0,2%.
De acordo com a coordenadora do setor de Endemias, Ana Paula Barbosa, a redução se deu por conta de ações em bairros específicos, principalmente na região Sul da cidade, que no primeiro LIRAa do ano, em janeiro, apresentaram índices de até 14%. “Agora, nestes mesmos locais o índice de infestação caiu para 2,9%”, comenta.
Larvas e lixo nos imóveis
Do total de imóveis visitados, em cem deles foram encontradas larvas do Aedes aegypti. Nestes casos, apesar das orientações, Ana Paula comenta que lixos são depositados em quintais. Estes resíduos, no entanto, podem ser descartados pelo município. “O que intriga é que mesmo diante das orientações percebemos que ainda tem lixo nos imóveis”, lamenta.
Até o fim do ano outros dois levantamentos serão feitos. O próximo está marcado para julho.
Números
De acordo com o boletim epidemiológico da Sesa (Secretaria Estadual da Saúde) Cascavel possui 25 casos confirmados de dengue, 22 deles autóctones e três importados. O município registrou ainda 368 notificações.
Já na área de abrangência da 10ª Regional de Saúde, que envolve 25 cidades, são 66 casos da doença – 61 autóctones e cinco importados, além das 802 suspeitas.