PEQUIM – O governo japonês deve manter a suspensão dos procedimentos de importação de carnes restritas ao produto vindo dos 21 frigoríficos que estão sendo investigados pela Polícia Federal no âmbito da operação ?Carne Fraca?. Ou seja, não há previsão de novas restrições. Mas manterá as reuniões com a Embaixada do Brasil no Japão para garantir que não haverá surpresas para o consumidor nacional. O ministro-chefe da Casa Civil, Yoshihide Suga, minimizou o impacto da medida sobre o total importado pelo país até agora. E lembrou que o Brasil é responsável por 80% dos frangos trazidos de fora para o mercado local.
Das 21 unidades sob investigação apenas uma exportou para o Japão, em 2015, representando uma parcela pequena do total. Segundo ele, em termos concretos, o volume de importação japonesa de carne de frango no ano fiscal de 2015 foi de 560 mil toneladas. Deste total, importamos 430 mil toneladas saíram do Brasil.
? Dos 21 estabelecimentos que teriam praticado atos de má conduta, importamos somente de um, cujo volume foi de 8.900 toneladas em 2015. São 8.900 toneladas de um total de 430 mil provenientes do Brasil. Portanto, não antecipamos haver impacto direto, mas o governo continuará a envidar todos os esforços para garantir que está importando carnes com segurança _ afirmou a jornalistas em sua entrevista coletiva diária.
Segundo ele, a suspensão anunciada na terça-feira foi feita a partir das informações obtidas do Brasil, por intermédio da Embaixada do Brasil em Tóquio
? Mas continuaremos a monitorar de perto e nos esforçar em prol da segurança para ter certeza de que estamos importando produtos seguros.
O Japão, terceiro maior mercado para os frangos brasileiros no mundo, decidiu suspender, “até novas notificações o trâmite das importações de frango e de outros produtos oriundos dos 21 estabelecimentos citados em investigação”, segundo nota no site da Embaixada do país no Brasil na terça-feira.
Além de suspender o chamado processo de certificação para os mesmos frigoríficos que já haviam sido interditados pelo governo brasileiro, os japoneses decidiram colocar em observação (“horyu”) as inspeções sanitárias, com uma parada temporária nessa etapa das importações até a coleta de maiores informações, de acordo com o jornal japonês Nikkei. Isso significa uma espécie de retenção no desembaraço sanitário das mercadorias que já estão nos portos japoneses.