Cotidiano

Governo chileno divulga vídeo de ?fenômeno aéreo não identificado?

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RIO ? No dia 11 de novembro de 2014, um helicóptero da Marinha chilena, equipado com uma câmera infravermelha de alta definição, flagrou um objeto voador desconhecido durante um patrulhamento de rotina na costa do país, entre as cidades de San Antonio e Quintero, na região de Valparaíso. Na semana passada, após dois anos de investigações, o Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos, órgão ligado à Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), classificou o caso como um ?fenômeno aéreo não identificado?.

?O Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos, composto por renomados cientistas, analistas e técnicos aeronáuticos, após um extenso estudo do caso, concordou em catalogá-lo como um FANI (Fenômeno Aéreo Não Identificado)?, disse o órgão, em comunicado.

De acordo com relato, estavam a bordo do helicóptero um experiente capitão da marinha, com muitos anos de experiência de voo, e um técnico que estava testando uma nova câmera infravermelha, para operações de inteligência, vigilância e reconhecimento. A aeronave voava a altitude de aproximadamente 4.500 pés, com visibilidade ótima e temperatura de 10 graus Celsius. A velocidade era de aproximadamente 240 km/h.

Às 13h48, enquanto realizavam testes com a câmera, o técnico observou um estranho objeto voando à esquerda do helicóptero, sobre o oceano. Momentos depois, o objeto foi observado a olho nu. Os dois militares perceberam que a velocidade e a altitude do objeto eram praticamente as mesmas do helicóptero, e a distância era entre 55 e 65 quilômetros.

Imediatamente, a câmera foi acionada e gravou o encontro por cerca de dez minutos. A tripulação contatou duas estações de radar, uma próxima à costa e outra no sistema de controle central da DGAC, em Santiago. Nenhuma delas conseguiu detectar o estranho objeto, apesar de identificarem facilmente o helicóptero. Controladores confirmaram que não existia tráfego na área, nem militar nem civil, e que nenhuma aeronave estava autorizada a voar na região. O radar do helicóptero também não detectou o objeto, tampouco o radar da câmera.

VÌDEO OVNI

Seguindo o protocolo, o piloto tentou contatar o objeto, usando canais designados para este propósito. Sem respostas. O técnico conseguiu captar o objeto por 9 minutos e 12 segundos, sendo a maior parte do tempo em infravermelho. Esse tipo de sensor produz imagens em escala de cinza, com os tons variando de acordo com a temperatura. A filmagem termina quando o helicóptero é chamado de volta à base, e o objeto desaparece entre as nuvens.

? Eu fiquei muito impressionado por essas testemunhas ? disse o químico nuclear e membro do comitê Mario Avila, em entrevista ao Huffington Post. ? Eles são profissionais altamente treinados com muitos anos de experiência, e eles tinham certeza absoluta que não podiam explicar o que viram.

O capitão descreveu o objeto como uma ?estrutura plana e alongada?, com ?dois pontos termais como descargas, que não coincidiam com o eixo de movimento?. O técnico disse que o objeto era ?branco com formato semioval no eixo horizontal?. Os vídeos também foram divulgados pelo comitê.

Nas imagens em infravermelho é possível ver dois pontos circulares, no caso fontes de calor. Mas o que chama atenção é que em dois momentos, o objeto parece liberar algum tipo de gás ou líquido em altíssima temperatura, que deixou um rastro termal.

?Alguns analistas sugeriram a hipótese de se tratar de um avião comercial médio, e que os rastro seriam água armazenada no interior da aeronave, que foi liberada pela tripulação?, disse o comitê, no comunicado. ?No entanto, a meteorologia afirma que nem a altitude nem a temperatura ambiente naquele momento permitiram esse rastro de vapor?.

A hipótese também foi descartada porque, caso fosse um avião comercial, ele seria detectado pelos radares, teria respondido aos chamados por rádio e teria que ter pousado em algum aeroporto, o que não aconteceu. Além disso, as aeronaves precisam de permissão da DGAC antes da ejetar qualquer material durante o voo, e o experiente piloto reconheceria facilmente um avião, ou ao menos apresentaria essa opção como uma possibilidade.