BRASÍLIA – O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato, arquivou o inquérito aberto contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). É praxe o STF arquivar inquéritos quando o pedido parte do procurador-geral, Rodrigo Janot. Ele entendeu que não havia provas suficientes para dar prosseguimento ao caso. Mas, se surgirem novas evidências, a investigação poderá será reaberta.
“Ressalto, como inclusive requer o Ministério Público Federal, que o arquivamento deferido com fundamento na ausência de provas suficientes não impede o prosseguimento das investigações caso futuramente surjam novas evidências”, escreveu Fachin.
O pedido de arquivamento foi feito em 24 de janeiro. Lindbergh respondia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 2 milhões para sua campanha ao Senado em 2010. As acusações partiram do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Lava-Jato. Em depoimento, Lindbergh negou as acusações.
“Não obstante terem sido confirmadas vultosas doações eleitorais pelas empresas envolvidas no esquema de corrupção no âmbito da Petrobras em favor do senador Lindbergh Farias Filho, nenhum dos elementos informativos corroborou a hipótese fática que ensejou a instauração do presente inquérito, trazida pelo colaborador Paulo Roberto Costa”, escreveu Janot no pedido de arquivamento.
A Polícia Federal (PF) também já tinha sugerido o arquivamento em novembro do ano passado.