SÃO PAULO. O ex-senador Jorge Afonso Argello, mais conhecido como Gim Argello, foi condenado nesta quinta-feira pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação por ter recebido dinheiro de empreiteiras para obstruir as investigações da CPI da Petrobras. Na mesma ação, foram condenados os empresários Léo Pinheiro, da OAS, e Ricardo Pessoa, da UTC, além de Walmir Pinheiro, diretor financeiro da OAS.
Léo Pinheiro foi condenado a oito anos e dois meses de prisão e Walmir Pinheiro a nove anos, oito meses e vinte dias. A pena de Ricardo Pessoa foi de 10 anos e seis meses, mas ele cumpre regime domiciliar diferenciado porque assinou acordo de delação premiada. No total, as penas aplicadas a Pessoa não poderão ultrapassar 18 anos.
Pessoa ficou preso entre 14 de novembro de 2014 a 28 de abril de 2015. A partir de então, passou um ano em recolhimento domiciliar, com tornozeleira eletrônica, período que também já cumpriu. Até 14 de novembro de 2015 ele cumpre o chamado “regime aberto diferenciado”, com proibição de viajar ao exterior sem autorização da Justiça e ficar fora da cidade onde mora por mais de 15 dias sem prévia autorização. A cada seis meses ele deve apresentar relatório de suas atividades.
Moro determinou que Argello e Léo Pinheiro sejam mantidos em prisão preventiva mesmo durante a fase de recursos.
Argello teve seu patrimônio confiscado até o montante de R$ 7,3 milhões. Já estavam bloqueados nas contas dele R$ 46,5 mil. Os imóveis dele, que estão em nome da Solo Investimentos, serão confiscado até atingir o valor determinado.
Foram absolvidos nesta ação Roberto Zardi Ferreira, Dilson de Cerqueira Paiva Filho, Paulo César Roxo Ramos, Valério Neves Campos e Jorge Afonso Argello Júnior, filho do ex-senador, por falta de provas.