RIO – Um estudo do genoma humano identificou mais de 200 grupos de genes envolvidos na calvície, um avanço que pode ajudar a compreender melhor o papel desempenhado pela genética na perda de cabelo.
Segundo os cientistas, essas mutações permitiriam a prevenção dos riscos de calvície.
A pesquisa analisou 52 mil homens e os resultados foram publicados esta semana na revista “PLOS Genetics”. Até agora, apenas alguns genes relacionados à alopecia haviam sido identificados.
A nova análise genética sobre as causas da calvície, assinada por Saskia Hagenaars e David Hill, da Universidade de Edimburgo (Reino Unido), encontrou 287 grupos de genes vinculados à calvície.
A partir desta descoberta, os pesquisadores procuram uma fórmula para diagnosticar mais cedo os riscos de que um homem se torne calvo, o que dependeria da presença ou ausência de determinados marcadores genéticos.
Embora ainda não seja viável realizar diagnósticos individuais, o estudo pode contribuir para identificar subgrupos populacionais onde o risco de perda de cabelo é maior. Muitos destes genes identificados no levantamento desempenham um papel na estrutura do cabelo e em seu desenvolvimento.
– Identificamos centenas de novos sinais genéticos, muitos deles ligados à calvície de padrão masculino, que vêm do cromossomo X, que os homens herdam de suas mães – disse Saskia Hagenaars.
Os pesquisadores estimam que poderão desenvolver tratamentos para a calvície com foco nesses genes.