Cotidiano

Entenda as investigações sobre a conexão entre Trump e a Rússia

579b1e74c46188641f8b45a0.jpg RIO ? As autoridades investigativas dos Estados Unidos estão em alerta pelas supostas conexões entre o governo do novo presidente, Donald Trump, e a Rússia. Com pouco mais de um mês do novo governo, já correm seis investigações em diferentes instâncias, na tentativa de determinar se as duas partes mantiveram contatos desde a campanha presidencial do republicano. A suspeita é que os russos tenham tentado influenciar as eleições dos EUA, favorecendo a chapa de Trump em detrimento da sua ex-rival democrata, Hillary Clinton, cujo partido sofreu ciberataques e vazamentos de conversas internas antes das eleições.

Nesta quarta-feira, veio à tona que o procurador-geral de Trump, Jeff Sessions, se encontrou duas vezes com um embaixador russo. Democratas pedem sua renúncia, enquanto republicanos dizem que ele deveria se afastar das investigações sobre a Rússia.

No mês passado, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, se demitiu em uma história semelhante: ele fez contatos com a Rússia antes da posse do novo chefe de governo para discutir o levantamento de sanções de Washington a Moscou.

Veja aqui as investigações em curso nos EUA sobre as conexões entre o governo Trump e a Rússia.

FBI EM PITTSBURGH: Um grupo da polícia federal americana conduz investigações de cibersegurança e trabalha para identificar quem hackeou as conversas por email de líderes do Comitê Nacional Democrata no ano passado. Pouco antes das eleições de novembro, o conteúdo das mensagens foi vazado e mostrou que a cúpula democrata favoreceu Hillary Clinton em detrimento de Bernie Sanders na corrida pela indicação para a candidatura do partido.

FBI EM SÃO FRANCISCO: O escritório tenta descobrir a identidade do hacker “Guccifer 2”, que vazou emails hackeados de líderes republicanos e do diretor de campanha de Hillary Clinton, John Podesta, em 2016.

FBI EM WASHINGTON: Os investigadores buscam pistas de informantes e interceptações de comunicações estrangeiras sobre as conexões entre a campanha de Trump e autoridades da Inteligência russa antes das eleições de novembro. Este trabalho é parte de uma operação de colaboração com outras agências.

SEIS AGÊNCIAS EM AÇÃO: Departamento de Justiça, Departamento do Tesouro, Inteligência Nacional, CIA, NSA e FBI trabalham juntos numa quarta investigação. Em abril, veio à tona a gravação de uma conversa que supostamente discutia a transferência de dinheiro do Kremlin para uma campanha presidencial dos EUA. A partir de então, a CIA se uniu a outras agências para descobrir se o dinheiro saiu da Rússia para ajudar na vitória de Trump.

COMITÊ DE INTELIGÊNCIA DO SENADO: Uma investigação do Senado analisa os supostos esforços da Rússia para manipular as eleições presidenciais americanas; as possíveis conexões entre a campanha de Trump e autoridades russas; e, também, os contatos do ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, com um embaixador russo. Autoridades dos governos de Barack Obama e Donald Trump deverão ser chamados a depor.

COMITÊ DE INTELIGÊNCIA DA CÂMARA: Um comitê da Câmara vai examinar as comunicações entre autoridades russas e campanhas políticas americanas; os responsáveis pelo vazamento de detalhes sobre investigações da Inteligência à imprensa; e, ainda, a resposta do governo Trump a estes vazamentos. Já foi anunciado que Flynn deverá ser convocado a depor. Da campanha à parceria antiterror, cinco etapas da relação Trump-Putin