BRASÍLIA – Pelo menos 25 mil militares farão a segurança das eleições municipais em 14 estados. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o número de pedidos da Justiça Eleitoral para reforço no período de campanhas está acima da média. A Justiça Eleitoral já contabiliza mais de 20 homicídios de pré-candidatos ou candidatos nas eleições deste ano, em dez estados.
Nesta quarta-feira, José Gomes da Rocha (PSB), candidato à prefeitura de Itumbiara (GO), foi morto a tiros em uma carreata. O vice-governador do estado, José Eliton (PSDB), também foi atingido e está hospitalizado. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, classificou o episódio de “deplorável”.
O ministro da Defesa admite que as Forças Armadas receberam, nesta eleição, mais pedidos do que o esperado da Justiça Eleitoral, que arca com as despesas das operações. O principal papel dos militares, segundo Jugnmann, será fazer a segurança no dia da votação. Serão empregados cerca de 25 mil agentes em 408 municípios, de 14 estados.
? A média histórica ficaria em torno de 300 municípios ? disse Jungmann, e complementou: ? Quando você tem seres humanos feridos, fere a todos nós.
Ainda na quarta-feira, o prefeito e candidato à reeleição em Presidente Tancredo Neves (BA), Balbino Mota (PV), teve o carro atingido por tiros. O candidato não foi baleado.
Na última segunda-feira, o candidato a vereador Falcon (PP), presidente da Portela, também foi morto a tiros em Madureira (RJ).
LIVRO BRANCO
O ministro também apresentou documentos da Base Legal da Defesa, principalmente o Livro Branco, que é público e reúne dados sobre estratégias do setor.
O Livro Branco foi apresentado pela primeira vez em 2012. Desde então, deve ser publicizado a cada quatro anos e encaminhado para apreciação do Congresso. Nesta edição, de 180 páginas, o capítulo que trata de ambiente estratégico do século XXI foi atualizado, e dados orçamentários foram simplificados, segundo a pasta.