BRASÍLIA ? O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), minimizou o fato de o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido, não recebê-lo nesta terça-feira como estava previsto na agenda. Ele também negou que a situação tenha qualquer relação com uma divisão interna no PSDB. Doria tornou-se candidato pelas mãos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
? Não fiquei chatedo. Ele (Aécio) está cuidado do território político dele. Ele é meu amigo ? disse Doria, após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Aécio enfrenta dificuldades para emplacar seu candidato em Belo Horizonte, João Leite, que foi ultrapassado por Alexandre Kalil (PHS) na pesquisa Ibope da semana passada. Após deixar a reunião com Renan, Doria fez questão de dizer que Aécio teve a ?delicadeza? de telefoná-lo.
? Queria registrar que hoje teríamos um encontro com o senador Aécio Neves, que não pode ocorrer. O senador está em Belo Horizonte, mas teve a delicadeza de me telefonar. Ele é o nosso presidente, o presidente do meu partido. Ele está cuidando da campanha em Belo Horizonte ? disse.
O prefeito eleito de São Paulo também se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Doria disse que veio a Brasília buscar junto às demais esferas de governo “contrapartidas” para a cidade de São Paulo:
? Além da visita de cortesia, viemos já começar a trabalhar. Não vamos precisar de pires, mas vamos precisar de contrapartidas e ações equivalente à dimensão e à grandeza da cidade de São Paulo”, disse o prefeito negando que esteja “de pires na mão.
*Estagiário, sob supervisão de Paulo Celso Pereira