NOVA YORK ? A suposta revelação do verdadeiro nome de Elena Ferrante, pseudônimo da autora aclamada ?tetralogia napolitana?, levou a uma onda de críticas e a um aumento nas vendas dos livros nos EUA ? no Brasil já foram publicados os dois primeiros, ?A amiga genial? e ?História do novo nome?.
Na segunda-feira, dois dos livros da autora apareceram na lista ?Movers and shakers?, que inclui aqueles com maior crescimento em 24 horas na Amazon.com. ?A amiga ideal? segue por lá nesta terça, em 14º lugar. Os quatro livros, publicados originalmente em italiano, já venderam mais de um milhão de cópias em todos o mundo, gerando enorme curiosidade quanto a identidade da autora.
Ferrante escrevia usando um pseudônimo bem antes de fazer sucesso. Numa entrevista ao Paris Review, em 2015, disse que não gosta de auto-promoção e considera o anonimato uma forma de abrir ?espaço criativo? para o seu trabalho.
O crescimento nas vendas surge após a publicação de uma reportagem na ?New York Review of Books? afirmando que Ferrante seria uma tradutora de origem alemã que mora em Roma. Sandro Ferri, editor de Ferrante na Itália, não confirma nem nega a reportagem, que ele classificou como ?jornalismo nojento?, antes de pedir que a privacidade dela seja respeitada.