Cotidiano

Comércio tem melhor abril desde 2013, com alta de 0,5% nas vendas

RIO – As vendas do comércio cresceram 0,5% em abril, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Essa é a maior variação para o mês nessa comparação desde 2013, quando a taxa ficou em 0,7%.Frente a abril de 2015, no entanto, o dado segue negativo e atingiu um recorde para a série, iniciada em 2001: o volume de vendas caiu 6,7% – a maior queda já registrada nessa comparação. Foi a 13ª vez seguida em que houve variação negativa na comparação anual.

Com isso, o varejo acumulou queda de 6,9% nos quatro primeiros meses do ano. Já o acumulado nos últimos 12 meses, com recuo de 6,1%, mantém a trajetória descendente iniciada em julho de 2014.

A receita nominal cresceu 1,2% na passagem de março para abril. Já na comparação com abril de 2015, cresceu 5,2%. No ano, acumula alta de 4,8% e em 12 meses, de 3,2%.

A reversão de sinal do comércio varejista na passagem de março para abril, de -0,9% para 0,5%, foi acompanhada por três das oito atividades pesquisadas. O resultado positivo foi influenciado, principalmente, pelos setores que também passaram de uma variação negativa para uma alta das vendas, em abril: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (passou de -1,4% em março para 1% em abril), outros artigos de uso pessoal e doméstico (de -1,9% para 2,8%) e tecidos, vestuário e calçados (de -4,7% para 3,7%).

As vendas no setor de combustíveis e lubrificantes saiu de -1,2% para 0%. Seguem em queda os grupos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,9%) e móveis e eletrodomésticos (-1,8%).

O comércio varejista ampliado ( varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), manteve variação negativa para o volume de vendas entre março e abril de 2016 (-1,4%), influenciado negativamente pelo desempenho de veículos e motos, partes e peças, com recuo de 6,6%, e material de construção, com decréscimo de 4%. Nessa comparação, essa taxa é a pior para o mês desde 2010, quando registrou queda de 8,2%.