Cotidiano

Candidato tucano em Porto Alegre é acusado de ter ?comitê camuflado?

PORTO ALEGRE ? Depois do acirrado debate da noite de quinta-feira, a campanha eleitoral em Porto Alegre teve nesta sexta-feira caminhadas e uma denúncia contra o candidato do PSDB a prefeito, Nelson Marchezan Júnior. O Ministério Público Eleitoral (MPE) fez uma representação contra a candidatura de Marchezan e uma candidata a vereadora de sua coligação, por denúncia de que haveria um “comitê camuflado numa empresa da cidade” e que estariam sendo usados computadores da empresa municipal de processamento de dados (Procempa).

A Justiça Eleitoral aceitou a representação e expediu mandado de verificação judicial, com a Polícia Federal apreendendo quatro computadores em uma empresa que presta serviços para a campanha do tucano. Mas os computadores não tinham identificação da Procempa. Acostumado a registrar tudo nas mídias, Marchezan entrou nas redes sociais para ele mesmo falar da denúncia e rebatê-la, mostrando os documentos de contratação da empresa para sua campanha, com a prestação de contas.

? Estava nas ruas e vim aqui para o comitê para reabter. Sei que as pesquisas estão dizendo que estamos no segundo turno. Recorrem aos velhos boatos, podridões, alegações falsas: a empresa seria um comitê disfarçado meu, mas acontece que a empresa foi contratada por nós, para contratar as pessoas que estão na nossa campanha. Todos os impostos pagos ? disse Marchezan no vídeo, gravado em estilo selfie.

Marchezan disse ao GLOBO que está exigindo uma explicação do Ministério Público por ter feito a denúncia. Ele disse que a empresa foi contratada para pagar “serviços de segurança, limpeza e panfletagem”. Segundo ele, já foram repassados à empresa R$ 48 mil.