Cotidiano

Aumentam 40% casos de dengue na região

Oeste concentra um terço de todos os registros no Estado

Toledo – Diante do risco iminente de uma epidemia de dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no ciclo 2017/2018, o alerta está sendo reforçado pelas autoridades em saúde pública. Um terço de todos os casos da doença registrados no Estado – 63 de um total de 191 – no atual ciclo epidemiológico, que começou dia 1º de agosto, está na região oeste.

O boletim é da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), que revela ainda que o fator mais preocupante é que, somente nas duas últimas semanas, os casos confirmados nas Regionais da Saúde de Toledo (20ª Regional), de Cascavel (10ª Regional) e de Foz do Iguaçu (9ª Regional) aumentaram 40%. Saltaram de 45 para 63.

As regionais com maior percentual de confirmações são as de Cascavel e de Toledo. Na primeira eram seis casos duas semanas atrás, agora são 17, aumento de 183%. Na de Toledo também eram seis casos e agora são 11, 83% a mais. Já na Regional de Foz do Iguaçu os casos subiram de 33 para 35 nesse período.

Para o coordenador do Combate à Dengue em Toledo, Selídio Schmidt, nem todos os alertas já emitidos são suficientes para deixar a população atenta aos cuidados básicos. “Intensificamos os mutirões principalmente depois de um período intenso de chuva, mas, se a população não fizer a parte dela, será aquela velha história de sempre: nada vai funcionar e muitos casos serão registrados”, reforçou.

Além dos já diagnosticados em todo o oeste, existem ainda quase mil notificações de suspeitos que aguardam resultado dos exames laboratoriais.

O município da região com a maior concentração de casos é Foz do Iguaçu. Dos 35 registrados naquela regional, 31 foram na Terra das Cataratas, dos quais 30 deles autóctones.

E por falar em casos autóctones, a maioria está nessa situação. Dos 63 registros em toda a região oeste, apenas quatro não foram contraídos na cidade em que o paciente mora. “Essa é a prova de que falta cuidado e atenção. Se os casos são autóctones, é porque o mosquito encontrou condições ideais de reprodução e de contágio no ambiente em que ele está inserido. Ou seja, nas nossas próprias cidades”, completa Selídio.

Quando aos casos de chikungunya, para os quais também existe um alerta para risco de epidemia, houve dois registros em todo o Paraná desde agosto. Um deles em Paranavaí e outro em Rio Bom. Não há casos de zika vírus diagnosticados até o momento no Paraná.