WASHINGTON ? Um assessora da Casa Branca admitiu nesta segunda-feira não ter “nenhuma prova” de que o presidente Donald Trump tenha sido objeto de escutas telefônicas por seu antecessor, Barack Obama, como foi denunciado pelo republicano em sua conta no Twitter. Grampos
? Eu não tenho nenhuma prova, mas é por isso que há uma investigação no Congresso ? disse a controversa assessora presidencial Kellyanne Conway à rede de televisão ABC.
No domingo, a própria Kellyanne se viu envolta a uma polêmica depois de afirmar durante uma entrevista ao USA Today que havia ?muitas maneiras de vigiar? e até mencionou a possibilidade de utilizar microondas para a espionagem.
Em declarações à CNN nesta segunda-feira, ela preferiu dar um claro passo para trás, alegando que se referia a técnicas gerais de espionagem e não a este caso especificamente, mas reiterou a admissão de falta de provas.
? Eu não acho que houve pessoas que usaram fornos de microondas para espionar a campanha de Trump. Mas não é o meu trabalho coletar provas. Para isso está sendo investigado.
Visivelmente irritado com a pressão da imprensa sobre Kellyanne por suas declarações, Trump voltou para o seu canal favorito, Twitter, para enviar um aviso claro.
?É incrível como a imprensa pode ser rude com meus representantes, que trabalham tão duro. Sejam mais gentil?, escreveu o presidente.
Depois de a Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes pedir ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para fornecer provas de que os telefones da sua Trump Tower em Nova York foram grampeados no ano passado, o senador John McCain, republicano como o presidente, afirmou ontem que os americanos precisam de uma explicação. Em seu Twitter, no início do mês, o chefe da Casa Branca acusou o seu antecessor, Barack Obama, de espionar o seu quartel-general durante a corrida presidencial. No entanto, Trump nunca apresentou evidências ou revelou a fonte da informação, levantando especulações sobre a veracidade da história.