SÃO PAULO. Amigos e familiares do cineasta Hector Babenco se reuniram na manhã desta sexta-feira para se despedir do cineasta na Cinemateca, em São Paulo, local do velório. Babenco morreu na última quarta-feira, aos 70 anos, em São Paulo, vítima de uma parada cardiorrespiratória. A despedida e as homenagens ao diretor começaram por volta das 10h e devem se estender até às 15h, quando o corpo segue para ser cremado em Itapecerica da Serra, no Horto da Paz.
Entre os presentes, o ator Tony Ramos, a escritora Maria Adelaide do Amaral, além da ex-mulher do cineasta Xuxa Lopez, com quem Babenco foi casado durante 13 anos.
Bárbara Paz, mulher do diretor e com quem se relacionou durante cinco anos, já estava no local desde cedo junto com as filhas do cineasta, Myra e Janka. Bastante emocionada, a atriz chorou muito. Ela não falou com a imprensa.
Tony Ramos destacou a sinceridade, a franqueza e a determinação como principais características do cineasta.
? Era um homem contundente e corajoso. Sua obra é para sempre. O corpo está indo embora, mas a presa criativa forte está presente na sua obra.
A atriz Tuna Dwek, que atuou em ?O amigo hindu?, último filme do cineasta, disse que Babenco era uma pessoa genuína e autêntica.
? Ele tinha um outro filme e não deu tempo. Respeitava muito o trabalho dos atores. Foi um privilégio trabalhar na última obra dele.
O cineasta João Batista de Andrade, presidente da Fundação Memorial da América Latina, destacou a sensibilidade de Babenco no tratamento de temas sociais em seus filmes.
? Ele teve uma carreira muito particular que atravessa vários momentos do cinema. A obra dele mostrou que a temática social interessa sim ao público ? destacou ele, relembrando os filmes ?Pixote? e ?Carandiru?.