Cotidiano

Alto índice de infestação eleva risco de epidemia

Após constatar uma média de infestação do Aedes aegypti de 5,80% em Cascavel, a Secretaria Municipal de Saúde vai definir estratégias de ação para evitar uma epidemia de dengue na cidade. O índice é preocupante e em algumas regiões da cidade a infestação chega a 12,60%. O índice considerado aceitável é no máximo 1%.

Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LirAa) foi realizado entre os dias 22 a 24 de janeiro e abrangeu 4.364 imóveis. O índice é considerado de alto risco para epidemia, de acordo com a classificação do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde.

"A situação é preocupante, uma vez que todos os estratos apresentaram infestação superior a 1%, que é a infestação aceitável pelo Ministério da Saúde", avalia Beatriz Tambosi, diretora da Vigilância em Saúde. A Secretaria de Saúde reforçará nos próximos dias as ações de orientação, informação e inspeção de combate ao Aedes aegypti, com o objetivo de evitar o aumento da transmissão das doenças transmitidas por este vetor em Cascavel.

Altos índices

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Beatriz Tambosi, a dengue é cíclica e normalmente ocorre em altos índices a cada dois ou três anos. Os índices deste primeiro LirAa voltaram aos patamares de janeiro de 2016, quando a cidade registrou média de 6,8% de infestação.

"Percebemos que, novamente, a população está deixando de fazer o dever de casa, infelizmente, uma vez que a prevalência dos criadouros e o gráfico do índice de infestação por estrato demonstram que o maior número de criadouros está no lixo e nos resíduos sólidos, seguido pelos depósitos de móveis. Isso chama atenção, pois são os criadouros dentro das residências", avalia.

Chuva

O excesso de chuvas das últimas semanas e o grande número de pessoas em férias e viajando também colabora para que o aumento de larvas em água parada.

O 1º Ciclo do LirAa, segundo Beatriz, normalmente traz um índice de infestação maior, justamente por coincidir com o início do verão, estação na qual registramos calor intenso associado às típicas chuvas de verão. "No entanto, é preciso apoio da população e de toda a sociedade para diminuir o índice de infestação", lembra.