O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, garantiu ontem, durante sua visita ao Show Rural, que o atraso do ciclo da soja, que vai interferir diretamente no plantio da safrinha de milho no caso do Sul do Brasil, não causa preocupação. Ele disse que não há risco de aumento no preço do cereal e que não vai faltar o grão para abastecimento interno, especialmente para a cadeia produtiva animal.
Segundo Blairo, a safrinha ainda é uma incógnita tendo em vista que muitos produtores estão com a soja no campo, mas que o aditamento do prazo do seguro agrícola deverá incentivar para que produtores que vão colher na segunda quinzena plantem imediatamente o milho onde em tese já teria encerrado o zoneamento.
Mas mesmo que seja uma safra menor em termos de área – no Paraná se cogita a redução de cerca de 3% se comparada ao ciclo de 2017 -, não haverá desabastecimento. “Temos estocadas quase 20 milhões de toneladas para atender o mercado interno. Este é o maior volume da história”, afirmou Blairo.
“Mesmo assim, aposto em uma safrinha muito boa, com mais tempo para o plantio no Paraná e, se chover dentro da normalidade no Centro-Oeste do Brasil, teremos uma safrinha excelente”, completou.
Safra brasileira
O ministro alertou ainda que o novo boletim revela uma queda na produção brasileira na safra 2017/2018 na casa dos 5%. Para ele, mesmo com esta redução, não se pode desanimar: “O que houve de diferente foi que no ano passado tivemos uma excelente safra, mas ainda plantamos a safrinha e quem sabe poderemos inclusive superar os números de 2017”.
Segundo ele, neste momento se trabalha com uma projeção de 225 milhões de toneladas de grãos produzidos no Brasil.