Toledo – O equipamento é antigo e não é a primeira vez que apresenta problemas. A geladeira do IML (Instituto Médico Legal) de Toledo passou dois dias sem funcionar e moradores reclamaram do mau cheiro nas redondezas por conta da permanência dos corpos no local sem a devida refrigeração.
Segundo a direção do IML de Toledo, o compressor do aparelho quebrou e uma empresa de Maringá, que faz o conserto, precisou fazer os reparos.
Conforme a Polícia Científica do Paraná, a câmara fria foi analisada por técnicos na terça-feira e consertada na quarta-feira e que o equipamento já está funcionando. Porém, de acordo com a chefia do instituto, essa não é a primeira vez que o equipamento apresenta defeito. “É uma geladeira antiga e que está precisando trocar já faz tempo”, afirma o diretor do IML, Edvaldo Torres.
Outro problema frequente é a lotação. A geladeira tem capacidade para seis corpos, está cheia, mas já ficou pior. “Eram 13 corpos amontoados e tivemos que aguardar liberação judicial para enterrar sem reconhecimento. Nos últimos dias conseguimos enterrar sete corpos e agora esperamos a ordem para liberar os demais lugares. A partir de uma lei estadual criada para que o enterro seja efetuado em, no máximo, 30 dias”, explica.
Ele nega que a permanência dos corpos no local tenha gerado desconforto para a vizinhança: “Os moradores mais próximos ficam a cerca de 100 metros do IML. Claro que o cheiro fica ruim, mas apenas aqui dentro da unidade”, afirma.