A mais nova edição do Altas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea), reforça a redução das taxas de homicídios no Paraná. O Estado foi o segundo do Brasil com a maior queda no registro de mortes – 23,4% no período entre 2005 e 2015.
O estudo intensifica a tendência de queda deste tipo de crime no estado paranaense. “Esta redução no número de homicídios vem acontecendo nos últimos sete anos. Em 2010, tínhamos uma taxa de mais de 30 mortes para cada 100 mil habitantes. Fechamos 2016 com a taxa de 22”, comparou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita. “Ouve um investimento pesado do Governo Estadual na segurança pública com a contratação de mais de 11 mil profissionais e compra 3 mil novas viaturas. Estamos vendo agora os resultados deste investimento”, completou.
O Paraná se destacou também em outros itens no estudo do Ipea. Maringá, no Noroeste do Estado, figura na lista das 30 cidades mais pacíficas do País. O Estado apresentou ainda maior redução na taxa de homicídio de mulheres: a queda foi de 30,2%, atrás apenas de Alagoas (-33,7). No País, a redução foi de 1,5%.
Na faixa etária de 15 a 29 anos, que tem a maior incidência criminal, o Paraná foi o estado que mais reduziu a taxa de morte nesta faixa etária – uma queda de 24,2%, enquanto no Brasil houve um aumento de 17%.
DADOS ATUAIS – Nos primeiros três meses de 2017, o número de homicídios dolosos (com intenção de matar) caiu 14,35% no Paraná, em relação ao mesmo período de 2016. Neste ano, foram registrados 585 casos, contra 683 no primeiro trimestre do ano passado. Em Curitiba a redução foi ainda mais expressiva: 31,5%, enquanto na Região Metropolitana da Capital (RMC) a queda foi de 29%.
Mesquita comentou a presença, no estudo, de duas cidades da Região Metropolitana de Curitiba entre os 30 municípios com maior registro de homicídios. “Esta realidade não existe mais. Em Piraquara, por exemplo, o número de mortes reduziu 26,5%, passando de 64 no ano de 2015 para 47 em 2016”, comparou.
O secretário acrescentou que neste primeiro trimestre de 2017 foram apenas seis homicídios, contra 10 no mesmo período de 2016 e 21 casos nos três primeiros meses de 2015. “Ou seja, quando comparado o primeiro trimestre de 2015 com o de 2017, a queda foi de 71,4%, o que tiraria o município de Piraquara do rol das 30 cidades mais violentas do País”, analisa Mesquita.
Ele acredita que a especialização da Polícia Civil do Paraná – com a instalação das Delegacias de Homicídios em cidades estratégicas, como Curitiba, Maringá e Londrina – e o trabalho preventivo e ostensivo da Polícia Militar, conjugado com as unidades Paraná Seguro, explicam esta queda contínua no número de homicídios Estado.