Policial

Empresas traziam roupas da China e trocavam etiquetas

As empresas tinham faturamento mensal de até R$ 15 milhões

Londrina – A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira (25) em Londrina a Operação Etiqueta, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão em empresas de confecção da cidade. Entre os crimes detectados estão contrabando e descaminho, corrupção passiva e associação criminosa. No entanto, ninguém foi preso.

De acordo com o delegado Sandro Roberto Viana dos Santos, que comandou a operação, as empresas importavam roupas do Paraguai e da China de forma irregular, sem pagamento de impostos. As roupas eram armazenadas em barracões nas ruas Maranhão, Rio Grande do Norte e Ermelindo Leão, onde o esquema era finalizado com a troca das etiquetas por uma marca local.

Segundo o delegado, os produtos eram vendidos em lojas dos integrantes da organização criminosa e também em estabelecimentos de terceiros.

As empresas tinham faturamento mensal de até R$ 15 milhões, sendo que apenas R$ 4 milhões eram comprovados por notas fiscais, configurando crime de sonegação. Nomes de laranjas também foram usados para abrir empresas de fachada.

Sandro afirma que todo o processo tinha conhecimento de agentes públicos da Receita Estadual, com pagamento de propina para evitar fiscalização e facilitar abertura e fechamento de empresas. O valor chegaria a R$ 200 mil mensais.

A Silo da Moda, localizada na Rua Rio Grande do Norte, foi uma das investigadas na Operação Publicada, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no início do ano, que desmontou um esquema de corrupção na Receita Estadual.

Participaram da operação 50 policiais federais e auditores da Receita Federal.

(Com informações do Bonde)