Opinião

Olhar para todos os lados

Olhar para todos os lados

Os olhos percebem a luz e, através de impulsos elétricos, nosso cérebro interpreta o que se vê. Esses impulsos são transformados em imagens que fundamentamos a maior parte da realidade da nossa vida. A realidade que muitas vezes custa a aparecer, que se esconde atrás de medos, crenças, omissões e mentiras.

O mundo real nos é apresentado normalmente pelos nossos pais, familiares, amigos e colegas. Carregado, na maioria das vezes, com muito amor, mas também com um alto grau de proteção, de ameaças e heranças que atravessam gerações.

De nossa vida infantil à adulta, ficamos expostos a imagens diversas, tais como brigas feias entre os pais, separações, agressões e até a morte.

Nossos olhos absorvem, nosso corpo absorve.

O que você observa? O que você vê? O que você enxerga? O que você percebe?

Numa sessão de bioliderança®, com gráficos, estatísticas e muitas ferramentas à disposição para mapear o ser humano, é uma prova que os nossos olhos precisam ser treinados para enxergar mais além, para aproveitar tudo o que o Deus criou.

Nosso corpo traduz, carrega marcas e sequelas e algumas para a vida toda.

Uma mudança de direção em meus olhos me permitiu observar uma nova evidência, uma nova informação. Ao olhar para o chão, logo atrás da cadeira onde estava sentada a cliente, percebi uma grande quantidade de cabelos caídos no chão, que a cada movimento, de vaidade a mania, aumentavam. Essa informação foi determinante: o ser humano deve aprender a liderar a si mesmo, de forma completa, antes de assumir uma equipe.

Qual a relação da queda de cabelos e a liderança? Naquele caso, fez todo sentido. Minha cliente, uma ótima candidata a gestora, possui uma necessidade de ser protegida pelo masculino, pois, quando jovem, perdeu contato com seu pai e atualmente carrega julgamentos e acusações.

Na empresa, a jovem se sente desprotegida, com falta de apoio nas decisões.

Cada estratégia, cada apresentação de resultado, vem com o sentimento de falta de proteção.

Perceba que não se trata de conflitos com os colegas, os subordinados e até mesmo um conflito direto com seu chefe/gestor, mas uma confusão, uma lealdade a quem deveria de fato, nos anos iniciais desta candidata a gestora, tê-la protegido e que há mais de 30 anos vem fazendo falta.

Não digo um segundo olhar, mas um olhar incomum, fora dos padrões, pôde apresentar à cliente o ponto de partida para seu crescimento profissional e pessoal.

Comece a substituir os sentimentos de fraqueza e de desproteção pelos sentimentos de fortaleza e maturidade. Só se consegue tal façanha enfrentando e/ou entendendo de fato o que ocorre e decidir por crescer.

Assuntos não resolvidos te manterão a léguas da maturidade e você perderá seus cabelos.


Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico

Siga minha página no Instagram @jggazola