Educação

XVII Jornada Científica da Univel aborda equilíbrio e a simplicidade da vida como tema

O evento multidisciplinar teve sua primeira edição on-line em 2020

XVII Jornada Científica da Univel aborda equilíbrio e a simplicidade da vida como tema

O Centro Universitário de Cascavel – Univel realizou a primeira edição on-line da Jornada Científica, que trouxe como tema “Equilíbrio e a simplicidade da vida”. O evento recebeu mais de 140 trabalhos científicos e 600 inscritos. Para a professora, e que também foi uma das palestrantes, Thaís Damaris da Rocha Thomazini, o tema escolhido é muito relevante e remete ao fato da vivência de novos tempos. “São grandes desafios que nós temos no mundo contemporâneo e a universidade precisa debater esses temas também, de forma científica e sensível para que possamos problematizar esses fenômenos com os nossos estudantes. Que eles possam refletir melhor sobre como o mundo está lidando com isso, entender que esses desafios não são individuais, mas são também desafios coletivos enquanto sociedade, incentivando a análise desse contexto, reconhecendo seu papel, padrões, as expectativas que são colocadas, para que se possa ter uma postura crítica e reflexiva”, pontua Thaís.

Para a professora Elaine Wilges Kronbauer, a Jornada Científica é um dos momentos mais importantes para a instituição, pois se trata de um evento que reúne todos os cursos, sendo multidisciplinar, abrindo campo para várias áreas trabalharem. “Fazer a jornada on-line foi um desafio. É um momento de produção de conhecimento e interação entre as diversas áreas. Escolhemos o tema com muito cuidado e carinho, pois o perfil desse evento é tratar de temas relacionados a questões de valores humanos. Os palestrantes que foram convidados têm muita sensibilidade, considero um dos momentos mais importantes da instituição em relação aos eventos anuais. Tivemos uma participação expressiva este ano. Foram mais de 140 trabalhos, 600 inscritos e os alunos efetivamente fizeram várias perguntas, colocações, demonstraram interesse, justamente porque é uma resposta a esse momento que estamos vivendo, foi um sucesso”, ressalta Elaine.

O professor doutor Alessandro Severino Valler Zenni, que também foi um dos palestrantes da Jornada Científica, entende que o trabalho de pesquisa é essencial. “Quando se faz uma jornada científica, a ideia é que se aprofundem os conhecimentos e o momento atual é visto como a sociedade do cansaço. Há apropriação do tempo, esforço, propriamente uma exigência do sujeito contemporâneo de todos nós ao máximo comprometimento com o mundo do trabalho, consumo, prazeres, uma padronização da forma corporal. Falei sobre a física quântica, energia, para mostrar que há certo esclarecimento de natureza intuitiva mas também científica para fenômenos humanos mais profundos. Se nós nos reposicionarmos como seres de dimensão espiritual, nós faríamos uma reconciliação com aquilo que é mais importante, que é o nosso espírito, que nos torna mais plenificados enquanto pessoas humanas. Isso nos daria uma dimensão intelectual, cognitiva, afetiva, amorosa, e teríamos então um sentido de vida material mais simples. No pôr do sol, comendo aquilo que é mais simples, frequentando os lugares com natureza, um entardecer ou amanhecer bonito, um local que nos permita ver a beleza do céu, sol, nuvens… não haveria essa exigência de seres superpotentes, porque, na realização com a deidade, nós já temos uma potencialidade imanente”, observa Alessandro.

A professora Thaís Damaris da Rocha conta que o tema trabalhado na Jornada Científica é bastante estudado nas suas disciplinas, visando à importância dessa reflexão de como nos mantermos equilibrados e sintonizados. “Eu gostei muito de participar. Em me senti muito honrada em poder desenvolver e contribuir para o pensamento dessa jornada, em como podemos compreender o outro nessa sociedade atual que é tão desafiadora, individualista, consumista, fragmentada. Pensar em como podemos estabelecer conexões duradouras, expressivas, para que a gente possa ter uma vida em sociedade mais justa, menos julgadora, mais acolhedora para a diversidade, para todas as representações sociais e também ter uma identidade e ser mais feliz”, conclui Thaís.