As vítimas de uma extorsão mediante sequestro eram vigiadas pelos bandidos. Pelo menos essa é uma das características identificadas pela polícia, considerando a riqueza de detalhes conhecida pelos sequestradores.
Tudo leva a crer que os três criminosos sabiam que o pai trabalhava em um banco em Cascavel e que acompanharam a rotina da família antes de praticar o crime.
Três bandidos armados entraram, na noite de segunda-feira, numa residência, no Bairro Universitário em Cascavel, mesmo com o portão da casa trancado e sem que as vítimas percebessem. Armados e encapuzados, pediram que a família seguisse a rotina normalmente.
O pai, a mãe e as três crianças foram mantidos reféns até às 5h de terça-feira, quando apenas a mãe e as crianças foram levadas, por dois dos marginais, para uma área de mata.
Os bandidos deram ordem ao homem de que ele trabalhasse normalmente e que não chamasse a polícia, porque estava sendo vigiado. Exigiram dinheiro para libertar o restante das vítimas. O gerente bancário tirou R$ 300 mil do banco para dar aos bandidos, sob pressão de ameaça de morte à família.
“Os criminosos disseram que era para deixar duas caixas com o dinheiro em um ponto específico. O homem obedeceu. Os criminosos prometeram que soltariam a família 40 minutos depois da entrega do dinheiro, mas isso não ocorreu. As vítimas entraram em contato apenas quatro horas depois”, afirmou a delegada do GDE, Anna Karyne Turbay Palodetto.
O caso não havia sido divulgado a imprensa para manter a integridade das vítimas que, apesar de não terem ferimentos, passaram por tortura psicológica.
