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Vereadores falam sobre denúncias que causaram afastamento de agente da Patrulha Maria da Penha

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Vereadores falam sobre denúncias que causaram afastamento de agente da Patrulha Maria da Penha

Agente é acusado de assediar vítimas

Um guarda municipal que integrava a equipe da Patrulha Maria da Penha em Cascavel foi afastado e será investigado por assédio a vítimas de violência doméstica atendidas pela Patrulha. Há ainda suspeita de assédio de companheiras de trabalho.

A denúncia foi feita à corregedoria da Guarda Municipal, à Polícia Civil e ao Ministério Público pela Comissão de Segurança Pública e Trânsito da Câmara de Vereadores. “Nós recebemos denúncias e ouvimos testemunhas que nos passaram um material farto sobre assédio de pelo menos três mulheres que fazem parte da rede de proteção e colegas de trabalho”, disse o vereador Fernando Hallberg.

De acordo com o que foi apurado pelos vereadores, o guarda aproveitava a situação de vulnerabilidade das mulheres e o acesso a elas – por meio de celular e/ou presencial durante as rondas – para se aproximar. Não há registro de violência nem estupro. As relações teriam sido consentidas.

Em coletiva à imprensa na tarde dessa terça-feira (30), os vereadores disseram que há suspeitas de que colegas de trabalho e o próprio diretor da Guarda Municipal teriam sido coniventes com a situação, já que sabiam e não denunciaram.

O guarda pode responder por abuso de autoridade e assédio sexual.

Provas

Os vereadores não divulgaram os materiais coletados, mas fontes extraoficiais revelam que o guarda teria enviado aos amigos fotos de pelo menos uma das vítimas nua dormindo com ele em um motel. Ainda de acordo com a fonte, os casos teriam começado ano passado.

Investigação comprometida

Os vereadores criticaram a administração municipal por divulgação a situação em meio à apuração dos fatos, o que pode inclusive amedrontar outras vítimas a denunciarem.

Também criticaram a informação de que o agente estava sendo investigado “por um relacionamento amoroso com uma vítima”, quando são pelo menos três casos já apurados. O guarda foi afastado.

Os vereadores rechaçaram ainda a decisão de que a equipe da Patrulha Maria da Penha seja composta apenas por guardas femininas. Conforme eles, é preciso apenas haver educação e seleção de homens competentes para os cargos.

O processo administrativo da corregedoria que vai apurar o caso deve ser finalizado em 30 dias.