Policial

TRF4 eleva penas de executivos da Mendes Júnior

Porto Alegre – A 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) decidiu ontem aumentar as penas dos executivos da empreiteira Mendes Júnior, réus em processos da Operação Lava Jato. O ex-vice-presidente da empresa Sérgio Cunha Mendes foi condenado pelos desembargadores da corte a 27 anos e 2 meses de prisão.

O juiz Sergio Moro tinha determinado a ele uma pena menor, de 19 anos e 4 meses, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O TRF4, com sede em Porto Alegre, é a segunda instância, responsável por revisar as decisões do magistrado de Curitiba.

O processo começou a ser avaliado no dia 19 de julho, quando votaram os desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo, e Leandro Paulsen, que é revisor. O desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus pediu vista e adiou a decisão.

Na retomada do julgamento, semana passada, Paulsen pediu vista ao ouvir o voto de Laus. Por isso, a decisão ficou para ontem.

Em seu voto, Gebran havia pedido aumento da pena de Sérgio Cunha Mendes para 47 anos e 3 meses de prisão. Porém, foi voto vencido pelos colegas.

Também foram condenados, no mesmo processo, Rogério Cunha Pereira, ex-diretor de Óleo e Gás da empresa, cuja pena passou de 17 anos e 4 meses reclusão para 26 anos e 6 meses, e Alberto Elísio Vilaça Gomes, antecessor de Cunha Pereira no cargo, foi condenado pelos mesmos juízes a 11 anos e 6 meses. Moro havia estipulado uma pena de 10 anos de reclusão.

Essa é a 13ª apelação criminal originada de processos da Operação Lava Jato julgados pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Mantida prisão do ex-ministro Antonio Palocci

O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre, decidiu ontem manter a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci. A decisão foi tomada por unanimidade de votos da 8ª Turma do tribunal.

Na sessão, os desembargadores julgaram o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa de Palocci, que já havia sido indeferido no começo de julho. Eles entenderam que a prisão é necessária por haver risco de novos atos de lavagem de dinheiro, uma vez que os valores obtidos nos crimes ainda não foram sequestrados pela Justiça. A 8ª Turma também considerou a possibilidade de fuga de Palocci do País.

Sinais de retomada

Os setores de comércio e serviços já dão sinais de retomada no Paraná e de que começam a deixar a crise econômica para trás. As empresas de serviços aumentaram seus negócios em 3,5% no primeiro semestre na comparação com mesmo período do ano passado. Foi o segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Mato Grosso (3,9%). Em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada ontem pelo IBGE

O comércio do Paraná, por sua vez, aumentou as vendas em 2,1% nos primeiros seis meses na comparação com o mesmo período do ano passado. Em junho, em relação ao mesmo mês de 2016, houve aumento de 4,4%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada terça-feira (15).