Policial

Tensão e más condições podem desencadear nova rebelião

Sem acesso aos detentos desde novembro do ano passado, angustiados e apenas com as notícias veiculadas pela imprensa ou repassadas por presos que saíram da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), mães, esposas e pais ficaram assustados com o que viram e ouviram neste fim de semana.

Com estrutura precária desde a rebelião registrada em novembro, apenas uma parte da penitenciária destruída foi reformada. De acordo com familiares, os detentos estão amontoados em uma galeria de cima, porque as debaixo alagam por conta da chuva. Além disso, a informação é de tensão dentro da penitenciária e do risco de uma nova rebelião, a qualquer momento, se a situação para os presos não melhorar. “Eles me falaram que vão dar um tempo, para ver se o pessoal toma providências. Se não melhorar, pode haver sim uma rebelião a qualquer momento”, revela a familiar de um preso, que preferiu preservar a identidade.

Há presos doentes dentro da PEC e sem acesso à saúde. “Tem uns com febre, outro que está com caxumba. Não há médico nem remédios”, lamenta outra parente de preso, com quem a reportagem conversou depois do fim de semana de visitas.

O primeiro fim de semana de março foi de retomada das visitas da PEC. Que começou na sexta-feira e terminou ontem. No próximo fim de semana, também haverá visitas, mas para outras galerias, já que as visitas foram organizadas por setores para medida de segurança dos familiares, dos agentes e dos próprios presos.

Superlotação

No local, a denúncia é de superlotação das celas, que estão com o dobro de presos que poderiam abrigar. Além disso, a falta de efetivo de agentes penitenciários e a estrutura defasada da penitenciária.

Por se tratar de um domingo, a reportagem do Hoje News não recebeu resposta à solicitação de informações ao Depen, diante das informações dos familiares, e aguarda manifestação hoje.