O mercado brasileiro de soja teve dias de melhor movimentação e mais negócios. A valorização da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago garantiu semana passada sustentação às cotações no Brasil, bem como estimulou a maior agitação e negociação. O resultado foi que a saca atingiu em um dia da semana passada os R$ 85 nos portos de Paranaguá, no Paraná, e de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
O conflito comercial entre Estados Unidos e China fez com que os prêmios pela oleaginosa disparassem no mercado interno. A taxa de câmbio acima dos R$ 3,30 e a quebra de safra na Argentina aumentam a especulação em torno da oleaginosa e, assim, produtores vão comercializando soja e efetivando boas remunerações.
Os contratos futuros da soja negociados na CBOT (Bolsa de Mercadorias de Chicago) registraram preços em forte alta. Para os agentes, a reação negativa à sobretaxa chinesa ao produto dos Estados Unidos foi exagerada.
Neste momento, cresce no mercado o sentimento de que China e Estados Unidos voltarão a negociar, com ambas as partes cedendo. Além disso, o bom resultado das exportações semanais americanas ajudou na recuperação dos contratos.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/18, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.133.000 toneladas na semana encerrada em 29 de março. O número foi bem acima da semana anterior e 7% inferior à média das últimas quatro semanas.
Para a temporada 2018/19, foram mais 358.200 toneladas. Analistas esperavam de 600 mil a 1,15 milhão de toneladas, somando as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 1,80 por tonelada (0,47%), sendo negociada a US$ 383,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 31,78 centavos de dólar, ganho de 0,10 centavos ou 0,31%.
